quarta-feira, outubro 31, 2012

O HOMEM DO DESERTO


Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus. João 1:6, NTLH

O homem do deserto caminhava com a cabeça erguida. Bronzeado pelo calor do deserto da Judeia, seu olhar era firme e penetrante, estava acostumado a viver sozinho – uma voz solitária. Deus o enviou. Nascido de pais de idade avançada, Zacarias e Isabel, que havia muito tempo tinham abandonado a esperança de ter um bebê, ele foi o fruto de uma gravidez miraculosa. Deus o trouxe à existência; Deus tinha uma mensagem para aquela época, e ele foi escolhido para transmiti-la.

Sua vida, assim como a dAquele que João foi chamado a proclamar, foi interrompida no auge de sua mocidade. Apesar de curta, sua vida brilhou como uma candeia romana, brilhou na escuridão da Palestina do primeiro século. “João era uma candeia que queimava e irradiava luz, e durante certo tempo vocês quiseram alegrar-se com a sua luz” (Jo 5:35).

Durante certo período, João foi imensamente popular. Multidões vinham de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a região ao redor do Jordão para ouvi-lo e para ser batizadas para o perdão de seus pecados (Mt 3:5). Até os fariseus, meticulosos na observância da religião, e os saduceus foram vê-lo no deserto. Até mesmo os soldados e os cobradores de impostos (Lc 3:12, 14).

Tão grande era o entusiasmo popular que algumas pessoas começaram a se perguntar se João Batista não seria o tão esperado Messias. A atenção da hierarquia religiosa em Jerusalém se voltou para ele e decidiram enviar uma delegação até o deserto com a pergunta: “Quem és tu?” (Jo 1:19, ARA).

João, porém, por mais que brilhasse, não era a Luz. “Ele veio como testemunha, para testificar acerca da Luz, a fim de que, por meio dele, todos os homens cressem” (v. 7). João conhecia sua missão; ele nunca alegou ser mais do que Deus havia designado que fosse. Alguns de seus discípulos ficaram ressentidos quando Jesus entrou em cena e as multidões diminuíram ao redor de João. Mas João não se sentiu diminuído. “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30).

Deve ser uma experiência amarga ver sua popularidade diminuir pouco a pouco. Uma situação ainda mais difícil para ser enfrentada com dignidade é a de ser alvo da fúria dos governantes simplesmente por dizer a verdade. Isso aconteceu com João. Ele foi preso por falar contra a união ilícita do rei Herodes Antipas com a esposa de seu irmão Filipe. Essa figura solitária do deserto morreu sozinha no calabouço de Herodes. Uma vida desperdiçada? Não aos olhos de Deus!


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(Esta meditação faz parte do devocional “Jesus, a Preciosa Graça”, editado pela Casa Publicadora Brasileira. Se desejar adquirir para você ou para presentear familiares e amigos, acesse http://www.cpb.com.br/produto-1252-meditacoes+diarias+2012+jesus+a+preciosa+graca+brochura.html ou ligue grátis: 0800-070-0606 )


terça-feira, outubro 30, 2012

O TRIUNFO DA LUZ



A Luz da vida brilhou nas trevas, e as trevas não conseguiram apagá-La. João 1:5, The Message

Nunca conseguiram, nunca conseguirão: as trevas não podem apagar a luz. Às vezes, as trevas são tão densas que parece que conseguiremos tocá-las. São impenetráveis, parecem estar totalmente distantes da Luz; mas a Luz vem e dissipa as trevas.

Sou otimista. De vez em quando, encontro ou fico sabendo de pessoas terrivelmente preocupadas com o estado do mundo. Está tudo arruinado, dizem; as coisas nunca foram tão ruins. Elas conseguem enxergar apenas o pior para o futuro. Às vezes lançam seu olhar negativo para a igreja: ela se corrompeu e está piorando; tempos ainda piores virão.

Mas as trevas não podem apagar a Luz. Nunca conseguiram, nunca conseguirão. Ao longo dos séculos, em meio à maldade e à ignorância tão escuras como a meia-noite, Deus sempre teve um povo que O amou e O serviu, um povo que brilha como a luz de velas, dispersando a escuridão.

Assim também foi antes de Jesus iniciar Seu ministério. O povo vivia em trevas, de acordo com a Bíblia (Mt 4:16). Mas entre aqueles que habitavam na sombra da morte surgiu uma luz brilhante. Primeiro, João Batista, que Jesus chamou de “candeia que queimava e irradiava luz” (Jo 5:35). Em seguida, o próprio Jesus. Ele foi, e é a Luz do mundo. Assim, o período de profunda ignorância e escravidão, ao pecado e ao diabo, deu lugar a uma era de luz incomparável.

A mais densa escuridão ainda surge pouco antes do alvorecer. No momento em que parece não mais restar esperança, a ajuda está prestes a aparecer.

No século 19, uma expedição liderada pelos exploradores Robert Burke e William Wills partiu de Melbourne na tentativa de cruzar pela primeira vez a Austrália, de norte a sul. Finalmente, chegaram a Cooper’s Creek, uma região muito remota. O grupo permaneceu ali, enquanto Burke e Wills prosseguiram, com o objetivo de chegar ao mar. Os que foram deixados para trás esperaram por muito tempo, mas os líderes não retornaram. Por fim, concluíram que Burke e Wills tinham morrido. Levantaram acampamento, mas antes enterraram alguns alimentos sob uma árvore em cujo tronco escreveram: “Cave.”

Logo depois que partiram, Burke e Wills apareceram e encontraram os alimentos enterrados. Mas os líderes e o grupo nunca mais se encontraram, e Burke e Wills acabaram perecendo. Tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe!

Nunca se esqueça disto: a Luz ainda brilha e sempre brilhará.


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segunda-feira, outubro 29, 2012

O CRIADOR DE TODAS AS COISAS


Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle; sem Ele, nada do que existe teria sido feito. João 1:3

A Palavra eterna, Aquele que é o grande comunicador da Divindade, é também o agente da criação. Estamos habituados a pensar em Jesus, a Palavra que Se fez carne, como nosso Salvador. Com menos frequência nos damos conta de que Ele também é nosso Criador. Mas Ele é. João afirma que “sem Ele, nada do que existe teria sido feito”. Paulo vai ainda além: “Pois nEle foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele” (Cl 1:16).

Tal visão transforma nossa maneira de olhar o mundo ao redor. O mundo natural com suas variedades deslumbrantes de árvores, plantas, flores e ervas; com maravilhosa imensidão de espécies de vida animal – Ele criou tudo. Não aconteceu por acaso; é Sua criação.

Os seres humanos em especial são o auge de Sua atividade criativa. Ele nos criou um pouco menores do que os anjos, à Sua imagem, à semelhança de Deus. Por meio do ato da criação, Ele conferiu dignidade a cada homem e mulher nascido neste mundo. É verdade, a imagem de Deus foi quase removida pelo pecado, mas restam alguns traços. A pessoa que zomba de outro ser humano zomba do Criador; a pessoa que prejudica outro ser humano, um dia terá que prestar contas ao Criador.

A conclusão dessa grande verdade é: Ele também me fez. Sou especial. Tenho valor. Minha origem é divina, a despeito de quão modestas tenham sido as circunstâncias de meu nascimento. Tenho um destino divino, pois Ele quer que eu viva para sempre em Sua presença.

Carregamos os traços da imagem divina, possuímos o desejo e a habilidade de “criar” também, ainda que em nível muito inferior. Algumas pessoas compõem músicas maravilhosas; eu não. Algumas pessoas fazem peças de mobília, constroem casas; eu não. O mais próximo que meus esforços chegam da criatividade é por meio da escrita. Para mim, escrever tem sido um hobby vitalício. Criar textos me traz muita satisfação. Notei um fenômeno interessante: aquilo que escrevo assume vida própria. Cada leitor interpreta meu artigo ou livro de acordo com sua própria experiência. Eles encontram significado em trechos que eu não incluí conscientemente. Se eu protestar, dizendo: “Mas não foi isso que eu quis dizer!”, eles respondem: “Bem, mas foi assim que eu entendi!”

De certa forma, assim ocorre com Deus e conosco. Ele nos criou, mas Ele permite que sigamos o caminho que escolhemos.


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domingo, outubro 28, 2012

A CANÇÃO DA ETERNIDADE


No princípio era Aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. João 1:1

Misteriosas, intrigantes, profundas, as palavras de abertura do Evangelho de João atraem nossa atenção. A linguagem em si é simples, tanto em nosso idioma quanto no texto original em grego, mas nos encanta. Trata-se de uma canção que ecoa desde a eternidade.

“No princípio...” Nossa mente é remetida para as primeiras palavras da Bíblia. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1, ARA). O princípio do Evangelho de João, no entanto, remete-nos para muito antes do nascimento da Terra e de nosso sistema solar: antes da criação do mundo, antes da existência do Universo, antes do tempo, antes de todas as coisas. Trata-se do princípio que antecede todos os princípios que possamos imaginar.

Somos criaturas de tempo e espaço; somos seres humanos. Mesmo que atingíssemos a média de idade bíblica, mesmo que vivêssemos por mais de um século, o número de nossos dias seria como uma fração de segundos em comparação com a eternidade. Pense no Universo, incompreensível em sua vasta imensidão, com estrelas tão distantes que a luz que irradiam, viajando a 300 mil quilômetros por segundo, leva milhões de anos para atingir nosso planeta. Essas estrelas estão tão distantes que muitas vezes já se apagaram há muitos anos, mas a luz que vemos continuou sua longa jornada até atingir nosso campo de visão.

E o princípio sobre o qual escreveu o apóstolo João é ainda mais distante, anterior a todos os princípios. Estejamos certos de que João se refere a um Ser que sempre existiu. A Palavra não é um ser recém-chegado na cena das eras. Tente imaginar a época mais distante que conseguir e ainda encontrará a Palavra.

A Palavra entrou no tempo e no espaço. Ela armou Sua tenda entre nós, tomou a forma humana. João fala resumidamente sobre isso e dedica o restante de seu Evangelho para descrever a glória da Palavra que Se fez carne. Essa Palavra que Se fez carne, a quem as pessoas chamaram de Jesus, parecia ser como qualquer outra pessoa. Mas não era. Veio de eras e eras, da eternidade.

De todas as considerações sobre Jesus de Nazaré, a pergunta suprema, a mais importante, é: Foi Jesus apenas um homem, ou Ele foi algo mais? João nos informa desde o princípio que Ele foi mais, muito, muito mais! Ele é eterno. Ele é Deus.

Ao longo da história, as pessoas têm questionado se Deus ou deuses existiram, têm procurado fazer contato com eles, satisfazê-los, apaziguá-los. João diz: Sim, Deus existe. Desde a eternidade. E Deus Se fez carne. Ele deixou a eternidade e Se submeteu ao nosso tempo e espaço. Ele veio para nos salvar. Jesus!


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sábado, outubro 27, 2012

O CASO DA GALINHA DISTRAÍDA


Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Lucas 13:34

A humilde galinha, seja batendo as asas em voo ou ciscando o chão, carece de graça. Nenhum soneto de amor jamais a invocará; nenhum artista jamais a fará objeto de um afresco. Ela parece existir estritamente para propósitos utilitários – botar ovos e servir de alimento para os carnívoros. Pobre galinha! Nunca será elogiada como o pássaro azul, o sabiá ou a cotovia; nunca atingirá as alturas como a águia. Tudo o que recebe são gozações, como na fútil brincadeira: “Por que a galinha atravessou a estrada?”

Essa brincadeira, porém, foi levada a sério. Certa galinha foi multada (não estou inventando isso) por atravessar a estrada distraidamente! A multa foi emitida pelo delegado de Kern County, Califórnia. Na verdade, a galinha não recebeu a multa, presumidamente porque se recusou a recebê-la, mas os donos da galinha, sim.

A ré foi multada por impedir o tráfego em Johannesburg, uma pequena comunidade rural próxima a Ridgecrest, cerca de 350 quilômetros a nordeste de Los Angeles.

Agora, sim, sabemos por que a galinha atravessou a estrada: ela não sabia que atrapalhar o tráfego era ilegal. Mas isso não é tudo. A comunidade em que a galinha infringiu a lei tem uma população de apenas 50 residentes! Com uma multidão dessas, uma galinha distraída obviamente causaria um congestionamento.

Os donos da galinha alegam que foram multados porque reclamaram que os policiais não estavam executando satisfatoriamente o dever de supervisionar e controlar os veículos na estrada de terra. “Não”, foi a resposta dos guardiões da lei. “As galinhas na estrada é que são a causa do problema.”

Jesus certa vez relacionou Seu ministério à atitude de uma galinha com seus pintinhos. Dirigindo-Se ao povo de Jerusalém, Ele chorou diante do fato de que foram rejeitados Seus desejos e esforços em reunir o povo sob Seus cuidados. Ele ainda chora. Ele chora pelo mundo. Ele chora por nós.

Somos realmente tolos como os pintinhos que se afastam da mamãe galinha, recusando-se a atender seu cacarejo avisando do perigo; seu chamado para voltar à segurança de suas asas protetoras. Tolos como as galinhas distraídas. Mas a graça é para pessoas tolas como você e eu.


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sexta-feira, outubro 26, 2012

PRISIONEIROS E PIZZA


O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Ele Me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos. Lucas 4:18

Algum tempo atrás, a rebelião em um dos presídios australianos terminou de maneira inusitada. Um grupo de prisioneiros assumiu o controle da área da recepção da prisão de segurança máxima em Hobart, capital da Tasmânia. Exigindo melhor tratamento e melhorias nas celas, os prisioneiros fizeram uma lista de 24 itens. Eles imobilizaram um dos guardas e o fizeram de refém até que as exigências fossem atendidas. Após dois dias, a rebelião terminou pacificamente, sem a agitação do pelotão de choque munido de escudos e armas fogo, sem gás lacrimogêneo, sem tiroteio. A pessoa responsável pela negociação garantiu a liberação do guarda sem sofrer nenhum dano após a entrega de 15 pizzas. Aparentemente, nenhuma das 24 exigências listadas provaram ser tão urgentes quanto a necessidade de uma refeição diferente!

Pessoas angustiadas, pessoas que pensam que não têm nada a perder, agem com desespero. Mas a calma paciente de um mediador (e a expectativa de deliciosas pizzas após dois dias sem comer) pode acabar com o desespero de qualquer ser humano.

Em vários lugares da Bíblia encontramos os seguidores de Deus em prisões – não por causa de algum ato ilegal, mas por obedecerem à sua consciência. O jovem José, falsamente acusado pela mulher de Potifar, foi encarcerado. Muitos séculos mais tarde, o profeta Jeremias foi preso porque predisse a derrota de Jerusalém para os babilônios. No Novo Testamento, João Batista foi colocado atrás das barras de ferro e finalmente executado após denunciar o casamento ilícito do rei Herodes Antipas com a cunhada. O apóstolo Paulo foi preso várias vezes. No livro de Hebreus lemos a respeito de cristãos, cujos nomes não foram registrados, que foram presos por causa de sua fé (Hb 10:34; 13:3). E o relato bíblico é concluído com o Apocalipse, revelado pelo Senhor a João, durante seu exílio na ilha de Patmos (Ap 1:9).

Entre todos esses personagens bíblicos, nenhum jamais causou tumulto, fez reféns ou exigiu melhor tratamento. Eles confiaram em Deus; suportaram as dificuldades através dos olhos da fé nAquele que é invisível. Na verdade, todos nós somos prisioneiros, cristãos e não cristãos. O carcereiro é severo e cruel; Satanás é seu nome. Mas Jesus proclama liberdade para os prisioneiros: libertação das algemas do pecado, um novo começo. E um dia, o próprio cruel carcereiro será preso (Ap 20:1-3).


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quinta-feira, outubro 25, 2012

O TESTEMUNHO DE GRAEME


Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em Mim. João 14:1

Tenho um amigo de longa data na Austrália cuja vida foi amplamente diferente da minha. Devido a deficiências físicas, ele está restrito à vida limitada proporcionada por uma casa de apoio. Durante uma viagem recente ao país, eu o visitei. Ele expressou a frustração de seu testemunho cristão ser tão limitado. “Distribuo materiais para as pessoas aqui”, disse, “e tento conversar com elas sobre assuntos espirituais. Mas ninguém parece estar interessado.”

Graeme distribui pequenas mensagens de fé às pessoas à sua volta. Durante minha visita, ele partilhou algumas comigo:

Absolutamente amoroso,
Infinitamente verdadeiro,
Com Seu olhar carinhoso,
Entende-nos por inteiro.
Absolutamente terno,
Surpreendentemente perto,
Esse é o nosso Pai celestial –
O que temos a temer, afinal?
E esta também:
Levante uma pequena cerca
De confiança ao seu redor neste dia.
Preencha o espaço com obras de amor
E faça dele sua moradia.
Não olhe para a barra de proteção futura.
Deus o ajudará a suportar
Tanto a alegria quanto qualquer desventura.

Penso em Graeme na reclusão da casa de apoio. Seus prazeres são poucos, suas oportunidades limitadas. Mas ele não abandona a fé. E assim dá seu testemunho. Sua vida de fidelidade e essas palavras de confiança são partilhadas para a glória de Deus.


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quarta-feira, outubro 24, 2012

DE NADA TEREI FALTA


De nada terei falta. Salmo 23:1

Todo mundo tem um salmo predileto, mas há um universalmente aclamado por causa de seus dizeres: Salmo 23, o salmo do bom pastor. Entre as muitas reflexões sobre esse salmo, um escritor da geração passada, G. Henderson, escreveu: “Do que não terei falta? O dedo da fé desliza pelo teclado e tira 11 notas distintas. Ouça-as.”

Atualizando a linguagem de Henderson e aperfeiçoando os pontos apresentados por ele, temos o seguinte:

Não terei falta de descanso, pois Deus me faz deitar em verdes pastagens.
A pastagem é macia e refrescante. Apoio a cabeça e relaxo no chão.
Não terei falta de restauração, pois Ele me conduz às águas tranquilas. Um grande gole de água pura e fresca – o que poderia ser melhor para saciar minha sede e restaurar-me?
Não terei falta de orientação, pois Ele me guia. Em meus relacionamentos, em minha família, em meu futuro preciso de ajuda que não encontro em mim mesmo. Louvado seja Deus, Ele é quem me guia!
Não terei falta de amizade, pois Deus está comigo. Ele promete: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13:5, ARA). Mais precioso do que qualquer companhia humana é o meu Senhor; mais forte do que qualquer laço carnal é o Seu amor.
Não terei falta de proteção, pois a vara e o cajado de Deus me sustêm. Ele estende Sua mão para me amparar. Em todo lugar, a todo momento, Ele está pronto a me ajudar.
Não terei falta de sustento, pois Ele prepara um banquete para mim. Ele me convida para a Sua sala de jantar, e Seu estandarte sobre mim é o amor.
Não terei falta de alegria, pois Ele unge minha cabeça com óleo. Como o óleo sagrado que escorreu pela barba de Arão, as bênçãos de Deus são derramadas sobre mim. Nunca falham.
De nada terei falta, pois o meu cálice transborda. Jesus é tudo o que eu preciso, hoje e sempre.
Não terei falta de felicidade, pois a bondade e a misericórdia me seguirão.
O que mais posso desejar?
Não terei falta de glória daqui por diante, pois habitarei na casa do Senhor para sempre. Apenas estar ali, apenas ver Jesus – será a glória.


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terça-feira, outubro 23, 2012

A COR DO DINHEIRO


Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. 1 Timóteo 6:10

O que você faria se encontrasse uma fortuna e ninguém estivesse olhando? Vamos dizer, 400 milhões de reais. Você guardaria ou procuraria o dono?

Dois sargentos do Exército dos Estados Unidos enfrentaram essa situação em 18 de abril de 2003, durante a invasão ao Iraque. Em meio ao caos após a queda de Bagdá, eles encontraram dois abrigos lotados de caixas de metal. Dentro de cada caixa havia quatro milhões de dólares em dinheiro, num total de 230 milhões. Os soldados devolveram o dinheiro. “Esses homens são verdadeiros heróis”, afirmou o comandante. Outros soldados, porém, foram à loucura. Começaram a inspecionar os arbustos, vasculhar prédios antigos e esvaziar cada depósito de lixo que viam pela frente, e acabaram encontrando um edifício semelhante àquele de que ouviram falar. As caixas estavam amarradas umas às outras. Dentro delas havia 200 milhões de dólares em notas de 100.

O poder do dinheiro entrou em jogo. “Naquele momento o mal imperou. O ar ficou pesado... Os olhares mudaram. Podia-se notar que todos estavam fora de si”, recordou um sargento, que mais tarde foi expulso do exército por causa de sua participação no roubo.

Os soldados começaram a encher os bolsos com maços de dinheiro. Dois homens jogaram duas caixas de dinheiro num canal próximo do local com a intenção de recuperar os oito milhões de dólares mais tarde. Outros esconderam 600 mil dólares em dinheiro dentro do tronco de uma palmeira.

Foi então que apareceu um oficial, que tinha acabado de guardar em segurança o dinheiro encontrado anteriormente. Ele soube imediatamente que algo estava errado. Bem à sua frente, a seis metros de distância, estava um maço de dinheiro enfiado entre dois galhos de uma árvore, totalmente à vista. Ele pegou o dinheiro da árvore e começou uma investigação. Três caixas que haviam sido escondidas foram recuperadas, uma delas incompleta. Ao todo, 780 milhões foram encontrados em quatro diferentes buscas. O dinheiro foi levado do Iraque, mas não antes de um motorista militar tentar roubar 300 mil a caminho do aeroporto.

Uma antiga canção costumava dizer: “O dinheiro é a raiz de todos os males.” Mas o problema não está no dinheiro em si, mas no amor ao dinheiro. A cor do dinheiro revela nossas verdadeiras cores.

Nós que seguimos o Senhor Jesus, Aquele que veio para dar, não receber, sabemos que as únicas riquezas que conservaremos são aquelas que damos aos outros.


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segunda-feira, outubro 22, 2012

BÊNÇÃO QUE NÃO DEVEMOS BUSCAR


Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus. Mateus 5:10

A oitava e última bem-aventurança ecoa a primeira: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus” (Mt 5:3). “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus.” As oito bem-aventuranças sintetizam o Sermão do Monte. Elas abrangem desde como os cidadãos do reino do Céu são (as primeiras quatro – pobres em espírito, pranteadores, mansos, famintos) até como eles vivem (as três seguintes – demonstram misericórdia, são totalmente devotados a Deus e promovem a paz). E de que maneira o mundo se relaciona com pessoas que diferem de forma tão radical? Ele as persegue, as humilha ou as rejeita, ou profere mentiras a seu respeito para depreciá-las.

Há algo, porém, que diferencia a última bem-aventurança das outras. Nós não devemos buscá-la. A perseguição vem naturalmente – é inevitável, pois a verdade e o erro, a luz e as trevas, o bem e o mal não estão em harmonia. É horrível pensar nisso, mas é verdade: o primeiro filho que nasceu neste mundo tornou-se o primeiro assassino. “E por que [Caim] o matou [Abel]? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas” (1Jo 3:12).

Nos primeiros séculos da igreja cristã, algumas pessoas provocaram a perseguição. Uma delas foi um líder chamado Inácio, que foi levado para Roma e jogado para ser devorado pelas feras. Ao longo do trajeto, ele escreveu cartas em que antecipou seu destino e se deleitou em imaginá-lo. Se as feras selvagens se recusassem a atacá-lo, ele afirmou que as incitaria para virem atrás dele.

Ideias como essa não são sinônimo de coragem, mas de pensamento distorcido. A perseguição vem; mas não deve ser instigada. Mas quando ela vier, pois ela certamente virá a todos os que vivem piedosamente (2Tm 3:12), a promessa do Mestre virá também: “Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos Céus” (Mt 5:12).

Em viagem ao exterior, conversei em particular com o líder de uma igreja em que os seguidores de Jesus sofreram muito por causa de sua fé. Em um jardim isolado, longe de aparelhos de escuta, ele me disse: “Temo o dia em que estaremos livres. Sob as condições atuais, nosso povo é zeloso e fiel. Temo pelo materialismo que virá com a liberdade.”

Ele entendia a verdade da oitava bem-aventurança.


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domingo, outubro 21, 2012

OS PACIFICADORES


Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Mateus 5:9

Bem-aventurados os pacificadores, pois os provocadores estão proliferando. Vozes irritadas e ações violentas nos circundam. Algumas das palavras mais ásperas vêm do povo que alega ter uma religião, incluindo os cristãos. Eles condenam aqueles que enxergam certas questões (e Deus) sob uma luz diferente da deles. Exigem a exclusão, a excomunhão, a eliminação.

Bem-aventurados os pacificadores, pois eles derramam óleo nas águas agitadas da igreja. Eles discernem a diferença entre o eterno, o imutável, e o temporário, o mutável. Eles defendem o que é certo, mas estão prontos a ser flexíveis em outras questões. No momento em que os grupos opostos batem os pés e cerram os punhos, eles gentilmente conduzem ao meio-termo. Eles restauram a harmonia.
Bem-aventurados os pacificadores, pois eles seguem os passos de Jesus, o Príncipe da Paz. “Ele é a nossa paz” (Ef 2:14). Ele nos reconciliou com Deus e quebrou o muro de separação da hostilidade, a inimizade que separa brancos de negros, asiáticos de europeus, hutus de tutsis, masculino de feminino. “Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (Jo 14:27) foi a promessa que Ele fez aos Seus seguidores ao partir para o Céu.

Bem-aventurados os pacificadores, pois eles serão chamados filhos de Deus. “Vocês são abençoados quando mostram às pessoas como cooperar em vez de competir e lutar. É nesse momento que vocês descobrem quem vocês realmente são, e seu lugar na família de Deus” (Mt 5:9, The Message). Os pacificadores são filhos de Deus, por isso eles fazem as obras de seu Pai celestial. Eles são como Ele. Promovem a paz, disseminam a paz, vivem a paz.

O que essa bem-aventurança tem que ver com a graça? Muito, em todos os aspectos. A paz é o fruto da graça. “A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” é a costumeira saudação de Paulo em suas cartas (ver, por exemplo, Romanos 1:7). A graça é a raiz, a paz é o fruto.

“A graça de Cristo, recebida no coração, subjuga a inimizade; afasta a contenda e enche o coração de amor. Aquele que se acha em paz com Deus e seus semelhantes, não se pode tornar infeliz. Em seu coração não se achará a inveja; ruins suspeitas aí não encontrarão guarida; o ódio não pode existir. O coração que se encontra em harmonia com Deus partilha da paz do Céu, e difundirá ao redor de si sua bendita influência” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 27, 28).


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(Esta meditação faz parte do devocional “Jesus, a Preciosa Graça”, editado pela Casa Publicadora Brasileira. Se desejar adquirir para você ou para presentear familiares e amigos, acesse http://www.cpb.com.br/produto-1252-meditacoes+diarias+2012+jesus+a+preciosa+graca+brochura.html ou ligue grátis: 0800-070-0606 )


sábado, outubro 20, 2012

OS PUROS DE CORAÇÃO


Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. Mateus 5:8

De todas as bem-aventuranças, essa é a minha favorita. Ela conduz à bênção maior: ver a Deus. “Eles verão a Sua face, e o Seu nome estará em suas testas”, promete o livro de Apocalipse em seu último capítulo (Ap 22:4). Assim, a antiga oração de Moisés – “Peço-te que me mostres a Tua glória” (Êx 33:18) – se cumprirá não apenas para uma pessoa, mas para todo o povo de Deus.

Na sexta bem-aventurança, Jesus relaciona essa bênção suprema ao supremo traço de caráter: “Bem-aventurados os puros de coração.” Essas palavras são um convite e um desafio. Elas nos assustam porque repreendem a maneira como as pessoas à nossa volta vivem e a maneira como nós tendemos a viver. Elas são um chamado para vivermos de forma mais sublime, mais centrada em Deus, lembrando-nos de que “a santidade, ou seja, a semelhança com Deus, é o alvo a ser atingido” (Ellen G. White, Educação, p. 18).

Jesus está preocupado com a fonte de nossa vida: nosso coração. O mundo olha para as aparências; Ele olha para o nosso coração. O mundo está repleto de impureza de atos, palavras e imaginação, por isso Ele nos convida para a pureza na fonte.

A pureza de coração vai além da pureza moral, apesar de incluí-la. A pureza de coração denota uma vida que coloca Deus em primeiro lugar; uma vida centrada nEle, devotada à Sua vontade e à Sua glória; um coração pelo qual Charles Wesley orou:

Oh! Por um coração para louvar meu Deus,
Um coração de pecados liberto,
Um coração que bebe sempre de Seu sangue,
Tão abundantemente derramado por mim.
Um submisso, humilde e contrito coração,
Acreditando, de forma verdadeira e clara,
Que nem a vida nem a morte podem me separar,
DAquele que habita dentro de mim.
Um coração renovado em cada pensamento,
E repleto do amor divino,
Perfeito, reto, puro e bom,
Uma cópia, Senhor, do Teu coração.
Deus da graça, concede-me esse coração hoje!


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sexta-feira, outubro 19, 2012

OS MISERICORDIOSOS


Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Mateus 5:7

As bem-aventuranças revelam um conceito de desenvolvimento. Nas primeiras quatro – os pobres em espírito, os que choram, os mansos e os que têm fome e sede – a ênfase recai nas atitudes. Embora na visão do mundo as pessoas assim sejam consideradas fracas, perdedoras, desprezíveis e indignas de uma segunda avaliação, Deus as chama de “abençoadas”.

Nas três bem-aventuranças seguintes vemos a ênfase sair da atitude e focalizar a ação, do ser para o fazer. Enquanto as quatro primeiras descrevem o tipo de pessoas que podem receber a bênção do Messias, as três seguintes começam a descrever de que forma tais indivíduos vivem no mundo.

Em primeiro lugar, os cidadãos do reino de Jesus são misericordiosos. Essa palavra poderosa implica atos de bondade e graça, assim como na ação misericordiosa do bom samaritano (Lc 10:25-37). Ser misericordioso significa mais do que ter uma natureza perdoadora; significa ir ao encontro das pessoas necessitadas, machucadas, desesperadas. Significa ir ao encontro delas levando esperança e bondade. Os misericordiosos são misericordiosos porque agem com misericórdia.

Não podemos ser cidadãos do reino de Jesus e viver como eremitas ou monges, fugindo do mundo e de suas necessidades. Certa vez visitei os templos esculpidos em rochas de uma religião antiga. Nesses recessos, homens se refugiavam do mundo para passar seus dias contemplando o enigma da existência humana. Em pequenos ambientes esculpidos em pedra, levavam uma vida de celibato, oração e abnegação. Mas no interior das salas de reunião havia afrescos, trabalhados em cores. Embora a umidade e a fumaça tenham destruído a maior parte das obras de arte, depois de 20 séculos, as cenas libertinas – danças, bebedeira, mulheres com pouca roupa – ainda são evidentes.

“Como é possível”, perguntei ao guia, “esses monges terem decorado as paredes com esse tipo de pintura?” A resposta: “Visto que estavam protegidos da tentação do mundo, eles tinham que ter cenas como essas para desenvolver o caráter!”

Que diferença dos ensinos de Jesus! Nós que O seguimos não contemplamos a misericórdia; nós a praticamos. Não meditamos na pureza do coração; nós a vivemos nas relações do dia a dia. Não falamos sobre a paz; procuramos trazer a paz de Deus aos homens e mulheres com quem convivemos.

“Ante o apelo do tentado, do errante, das míseras vítimas da necessidade e do pecado, o cristão não pergunta: São eles dignos? Mas: Como posso beneficiá-los?” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 22).


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quinta-feira, outubro 18, 2012

A COMUNIDADE DOS FAMINTOS


Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. Mateus 5:6

Meu pai, nascido perto de Estocolmo, Suécia, passou no mar boa parte de sua juventude. Ele navegou pelo mundo, primeiro em veleiros, depois em navios a vapor. Navegou duas vezes ao longo do Cabo Horn. Costumava contar histórias empolgantes e surpreendentes sobre os anos que passou como simples marinheiro. Em uma viagem terrível, o corrupto comissário de bordo, em parceria com o capitão, não embarcou suprimentos suficientes e os dois embolsaram o dinheiro não gasto.

O navio zarpou do porto de Hamburgo, Alemanha, navegou para o oeste do Mediterrâneo, pelo Estreito de Gibraltar, rumo ao Atlântico. Ao seguirem em direção ao sul, se depararam com uma região de calmarias onde as embarcações ficavam paradas aguardando o vento soprar. Os dias se transformaram em semanas e as semanas em meses para os desesperados tripulantes presos no navio, famintos dia e noite. Certo dia, os restos de comida e as batatas estragadas foram levados ao convés e a tripulação voou para cima do alimento sem pensar duas vezes.

A fome e a sede cada vez mais se tornavam o foco principal de sua vida. A existência mais básica se caracteriza por encontrar algo para alimentar o estômago faminto e água para saciar a sede.

Pessoas famintas sonham com comida. A Bíblia menciona esse fato: “Um homem faminto sonha que está comendo, mas acorda e sua fome continua” (Is 29:8). Em minha vida afortunada, raramente fui para a cama com fome; mas nas ocasiões em que isso aconteceu, sonhei com comida e acordei pensando nela.

Fico pensando: Quão famintos estamos por Deus? Se estivermos famintos por Ele, sonharemos com Ele e acordaremos pensando nEle?

Note que a quarta bem-aventurança, assim como todas as outras, é proferida no plural. Jesus fala com Seus seguidores como comunidade, não como indivíduos. Seu povo, os cidadãos do reino do Céu, é a comunidade dos famintos – famintos por Deus.

A maioria das pessoas na encosta da montanha naquele dia era composta por indivíduos comuns. Eles faziam apenas duas refeições por dia, refeições muito simples por sinal. A referência à comida deve ter feito com que começassem a salivar. Mas Jesus falou de um tipo de alimento mais precioso do que pão e peixe. Ele ofereceu o pão do Céu, o verdadeiro maná, o alimento de Seu reino: Ele mesmo.


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quarta-feira, outubro 17, 2012

O QUE NÃO PODE SER COMPRADO


Vocês são abençoados quando ficam contentes com quem vocês são – nada mais, nada menos. Nesse momento vocês se tornam donos de tudo que não pode ser comprado. Mateus 5:5, The Message

A tradução habitual da frase “bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (ARA) já gerou pilhérias. No mundo que conhecemos, os mansos não herdam nada; eles são pisados e humilhados. As pessoas valorizam a assertividade e a agressividade. A mansidão é desprezada, considerada uma característica dos fracos. Mas, do ponto de vista bíblico, do ponto de vista da graça, mansidão não é sinônimo de fraqueza. O personagem que mais se destaca no Antigo Testamento é Moisés, considerado o homem mais manso da Terra (Nm 12:3). O Novo Testamento se centraliza na pessoa e no ministério de Jesus Cristo, que não Se apegou ao status divino, mas condescendeu em Se tornar um ser humano, “foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fp 2:8).

O pensamento de que a mansidão significa ser “capacho” é totalmente inadequado. Em vez de ser um ninguém, a mulher ou o homem manso é uma pessoa forte que realiza muitas coisas, assim como Moisés, que liderou o povo para a liberdade, ou Jesus, que salvou a raça humana. Quanto mais a pessoa se esvaziar do ego, do orgulho, da ambição e do desejo pela fama e glória pessoal, mais Deus poderá usá-la para realizar grandes coisas. Ou seja, quanto mais mansa, maior a pessoa será.

“A natureza humana está sempre lutando por se manifestar, pronta para a luta; mas aquele que aprende de Cristo, esvazia-se do próprio eu, do orgulho, do amor da supremacia, e há silêncio na alma. O próprio eu é colocado ao dispor do Espírito Santo. Não andamos então ansiosos de ocupar o primeiro lugar. Não ambicionamos comprimir e acotovelar para nos pôr em destaque; mas sentimos que nosso mais alto lugar é aos pés de nosso Salvador. Olhamos para Jesus, esperando que Sua mão nos conduza, escutando Sua voz, em busca de guia” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 15).

Isso significa ter um senso realista de nossas forças e fraquezas, estar contente com quem somos. Nosso valor próprio não depende mais daquilo que fazemos, mas de quem somos, pois somos filhos e filhas de Deus. Somos de infinito valor para Ele.

Por fim, os mansos realmente herdam a Terra. Não apenas a Terra perfeita para a qual nos preparamos, mas hoje mesmo herdamos as riquezas do reino da graça – “tudo que não pode ser comprado”.


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terça-feira, outubro 16, 2012

GRAÇA PARA OS QUE CHORAM


Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Mateus 5:4

Esse simples verso, o segundo das bem-aventuranças, fala poderosamente tanto aos cristãos quanto aos não cristãos. Nele sentimos conforto para os aflitos, mas também repreensão para muito do que se considera entretenimento hoje, e a promessa de uma nova ordem mundial que reverterá as prioridades existentes hoje.

Deus Se preocupa com aqueles cujo coração está entristecido. Essa é a interpretação mais básica do texto. O próprio Jesus Se tornou “homem de dores e experimentado no sofrimento” (Is 53:3). Ele que chorou com Maria e Marta junto ao sepulcro de Lázaro, chora conosco em nosso pesar. Ele é nosso grande sumo sacerdote que conhece e compreende como nos sentimos (Hb 4:14-16).

Se permitirmos, Ele transformará em bênção nosso pranto. O sofrimento nunca deixa a pessoa da mesma forma que a encontrou; ou ele nos aproxima do Senhor ou nos afasta dEle. Alguns dos homens e mulheres mais consagrados das eras passadas (e ainda hoje) foram aqueles que, ao ter submetido tudo a Cristo, experimentaram o poder da segunda bem-aventurança. Na categoria dos não cristãos estão aqueles que apontam para os sofrimentos e a morte dos amados como a razão para rejeitarem a fé.

Eugene H. Peterson assim interpretou as palavras de Jesus: “Vocês são abençoados quando sentem que perderam o que lhes era mais precioso. Somente então vocês podem ser abraçados por Aquele que é mais precioso para vocês” (Mt 5:4, The Message). Que verdade! Por mais amado e precioso que alguém seja para nós, Jesus é ainda mais.

O comentário de Ellen White também é valioso: “As provações da vida são obreiras de Deus, para remover de nosso caráter impurezas e arestas. Penoso é o processo de cortar, desbastar, aparelhar, lustrar, polir. [...] Mas a pedra é depois apresentada pronta para ocupar seu lugar no templo celestial. O Mestre não efetua trabalho assim cuidadoso e completo com material imprestável. Só as Suas pedras preciosas são polidas, como colunas de um palácio” (O Maior Discurso de Cristo, p. 10).

As palavras de Jesus também são uma repreensão para aquilo que atualmente chamamos de comédia. A irreverência, vulgarização e crueldade tiram proveito do choque causado aos valores. Vale tudo para se conseguir uma risada. “Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza”, aconselha a Bíblia àqueles que são atraídos por esse tipo de “diversão” (Tg 4:9). Pois se aproxima o dia em que tudo será invertido: o dia em que aqueles que hoje choram rirão e aqueles que hoje riem chorarão (Lc 6:21, 25).


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segunda-feira, outubro 15, 2012

OS POBRES EM ESPÍRITO


Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus. Mateus 5:3

O Sermão do Monte fala do começo ao fim sobre a graça, como as palavras de abertura deixam claro. A graça é o princípio operante no reino do Céu. Entretanto, muitos políticos e líderes que enaltecem o Sermão do Monte não têm coragem de colocar em prática os princípios estabelecidos por ele. Qualquer presidente que aconselhar a nação a dar a outra face para o inimigo que está às portas, com essa atitude certamente decretará o próprio impeachment. Da mesma forma, qualquer candidato político que renunciar ao orgulho e ao poder deverá dar-se por satisfeito se ao menos os membros de sua família votarem nele.

Mas no reino do Céu impera a graça, não o poder. Os cidadãos desse reino são felizes por serem “pobres em espírito” – pobres no espírito egoísta e orgulhoso que caracteriza a vida neste mundo. Mas não pobres em Deus; nEle eles são ricos. Eles são pobres em si mesmos, mas ricos em Cristo, em quem todos os tesouros da Terra e do Céu atingem o auge.

Sempre foi assim. Aqueles que pensam que têm tudo – que não sentem falta de nada – não “entendem” a graça. Ela começa na experiência humana com a profunda percepção de nossa fome, sede, insuficiência, perdição, necessidade de ajuda além de nós mesmos. Somente quando a pessoa perceber que nunca poderá vencer sozinha estará pronta para receber a graça. Nesse momento, a graça fluirá para ela. Perdoadora graça. Transformadora graça. Poderosa graça. Maravilhosa graça. Dessas pessoas é o reino do Céu hoje. Na vida delas Jesus reina soberano.

Durante o ministério de Jesus na Terra, o povo comum O ouvia com prazer (Mc 12:37). Prostitutas e cobradores de impostos entravam para o reino antes dos sacerdotes e fariseus (Mt 21:31). Assim tem ocorrido ao longo dos séculos. À medida que o cristianismo é proclamado, ele é recebido com alegria pelos escravos, rejeitados, marginalizados – os pobres em espírito.

Celso, famoso crítico do cristianismo, zombou de Jesus e de Seus seguidores. “Que professor singular os cristãos têm”, ridicularizou. “Todos os outros líderes religiosos dizem: ‘Venham a mim, vocês que são dignos’, mas esse Homem diz: ‘Venham a Mim, vocês que estão cansados e sobrecarregados pela vida.’ Assim, atraídos por essas palavras, Ele é seguido pela ralé, a gentalha, a escória da humanidade, que vai rastejando atrás dEle.”

E Orígenes, teólogo cristão, respondeu: “Sim; mas Ele não os deixa como ralé, gentalha e escória da humanidade. Desse material considerado sem valor, Ele molda homens!”


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domingo, outubro 14, 2012

BEM-AVENTURADO!


Vocês são abençoados ao chegarem ao fundo do poço. Quanto menos de vocês mesmos, mas de Deus e de Seu domínio. Mateus 5:3, The Message

O texto de hoje ilustra de maneira clara as aparentes contradições da vida do cristão, da vida da graça. De acordo com o pensamento comum, o fundo do poço é o último lugar em que desejaríamos estar. É sinônimo de angústia, perplexidade e medo. O reino do Céu, porém, onde Jesus reina em amor, inverte a ordem das coisas, contraria as expectativas, surpreende, choca. A graça causa espanto.

A felicidade é algo muito procurado pelo povo do reino deste mundo, um objetivo ilusório. No entanto, no momento em que Jesus, sentado na encosta da montanha próximo ao Mar da Galileia, apresentou os princípios de Seu reino, Ele não falou sobre felicidade. Ele ofereceu algo muito maior – a bem-aventurança.

Na língua inglesa, a palavra felicidade deriva do verbo to hap, que significa acontecer por acaso. Sob os raios brilhantes do Sol no céu azul e em meio ao canto melodioso das aves, nossa mente se eleva às alturas. Mas assim que as nuvens escuras chegam, o vento gelado sopra e começamos a sentir frio, nossos sentimentos sofrem uma queda brusca. A felicidade vem e vai. A felicidade é passageira.

Jesus repetiu nove vezes a expressão “Bem-aventurados” durante o Sermão do Monte. A palavra que Ele utilizou, makarios, tem uma história antiga. Muito tempo antes de o Novo Testamento ter sido escrito, ainda na época de Homero, essa palavra designava a vida dos deuses, que viviam em comodidade e praticando esportes no topo do Monte Olimpo. Mais tarde, o significado dessa palavra foi ampliado para incluir a suposta felicidade dos mortos, aqueles que deixaram os cuidados desta vida. Em seguida, makarios ampliou-se ainda mais. Ela passou a descrever os afortunados entre os vivos, aqueles que, sendo ricos, não mais precisam trabalhar com as mãos e que têm recursos para protegê-los se atingidos por enfermidades ou perdas.

Mas Jesus diz aos camponeses, pescadores, artesãos, às donas de casa e crianças: “Bem-aventurados.” Vocês não serão abençoados apenas na vida futura – vocês são abençoados agora mesmo. Jesus não nos promete um mar de rosas; Ele oferece algo muito melhor. Jesus não nos apresenta o objetivo ilusório da felicidade; Ele tem algo muito superior para nos oferecer. Jesus nos oferece a Si mesmo. Ele nos convida a ir a Ele e tomar Seu fardo, que é fácil e leve. Ao aceitarmos Jesus em nossa vida como nosso Salvador e Senhor, Suas palavras se tornam realidade. Não são ilusórias. Somos abençoados com a alegria sublime de Sua graça.


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sábado, outubro 13, 2012

O REINO DOS MANSOS


O lobo e o cordeiro comerão juntos, e o leão comerá feno, como o boi, mas o pó será a comida da serpente. Ninguém fará nem mal nem destruição em todo o Meu santo monte, diz o Senhor. Isaías 65:25

Em uma visita à minha cidade natal de Adelaide, na Austrália, tive um vislumbre da sociedade ideal de Deus, o reino dos mansos. Adelaide se localiza numa planície em meio a uma cadeia de montanhas de baixa altitude ao leste do litoral. Quando menino, eu costumava passear por aquelas montanhas com meus irmãos. Avistávamos lebres, raposas e, de vez em quando, um canguru. Não fazia a menor ideia de como era a vida que no passado existiu naquela área.

Certo professor de matemática empenhou-se em restaurar parte das montanhas ao que era originalmente, cerca de 200 anos antes. (Os primeiros colonizadores chegaram em 1836.) Ele comprou uma fazenda e começou a reflorestá-la com árvores e plantas nativas. Ao redor de toda a área ele construiu uma cerca fortificada para manter afastados os predadores: raposas, gatos selvagens e cães. Em seguida, introduziu espécies que um dia haviam habitado aquele ambiente, mas que quase foram extintas. Ele não fornecia comida aos animais, apenas um lugar seguro para que morassem e se reproduzissem.

O passeio com um guia pelo santuário começa logo ao entardecer, pois a maioria dos animais que ali habita tem hábitos noturnos. À medida que a noite chega, as luzes das lanternas sinalizam o caminho. Logo o lugar se enche de uma grande variedade de criaturas, grandes e pequenas, como jamais imaginei. Flagrados pela luz das lanternas, assustados com o movimento repentino, encontramos um bando de criaturas saltitantes, alguns tão pequenos quanto ratos, outros um pouco maiores. Trata-se de uma espécie de canguru de tamanho pequeno, os wallabies. Eles parecem surreais, algo que saiu de um dos filmes de Steven Spielberg; criaturas de brinquedo em que damos corda e saem pulando por aí.

Nesse lugar conheci uma imensidão de novos nomes de animais semelhantes a cangurus, criaturas indefesas, presas fáceis de raposas, cães e gatos introduzidos no continente pelos colonizadores.

O reino deste mundo é violento. A violência nos rodeia; filmes e programas de televisão alimentam o apetite cada vez mais insatisfeito. Devido à natureza da sociedade, muitos argumentam que a violência organizada, como a guerra, e a violência legalizada, como a execução, são inevitáveis e necessárias.

Talvez sim. Mas o reino do Céu, onde o manso Jesus reina (mesmo hoje), é totalmente diferente. A graça e a violência não têm nada em comum.


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sexta-feira, outubro 12, 2012

VOCÊ ESTÁ LIVRE!


Este é o ano de Deus agir. Lucas 4:19, The Message

Segundo o plano divinamente inspirado, mas distinto, cada um dos escritores dos Evangelhos se concentra num incidente diferente no início do ministério de Jesus. Tal incidente estabelece o tom da ênfase que o evangelista desenvolverá em seu relato.

Assim, Mateus começa o relato do ministério de Cristo com o Sermão do Monte, lembrando-nos de Moisés no Monte Sinai. Nesse Evangelho, desenvolvido a partir de cinco discursos de Jesus que também ecoam os cinco livros do Pentateuco, Cristo emerge como o grande mestre, o rei que supera Moisés ao afirmar: “Vocês ouviram o que foi dito [...]. Mas Eu lhes digo [...]” (Mt 5:21-44).

Marcos, por outro lado, inicia seu relato do ministério de Cristo com a cura do homem possesso de espírito imundo na sinagoga durante a reunião de sábado (Mc 1:21-28). As ações de Jesus são poderosas e comoventes, deixando os espectadores maravilhados. Tal descrição de Jesus reaparece ao longo do Evangelho de Marcos. Jesus aqui é acima de tudo o Homem de ação decisiva que evoca surpresa e admiração em todos os aspectos.

O início do Evangelho de João apresenta ainda uma ênfase diferente. Encontramos Jesus conversando não com uma multidão, como em Mateus, mas pessoalmente, um a um, com Seus primeiros discípulos, e especialmente com Natanael (Jo 1:35-51). Esse padrão persiste ao longo de toda a apresentação de João ao construir seu Evangelho com base nos encontros de Jesus com uma série de indivíduos totalmente diferentes entre si: Sua mãe, o fariseu Nicodemos, a mulher junto ao poço, os nobres, o homem junto ao tanque de Betesda e assim por diante.

E quanto a Lucas? Assim como Marcos, Lucas seleciona um incidente que ocorreu na sinagoga na manhã de sábado, mas em Nazaré em vez de Cafarnaum. Em vez de um milagre, Jesus lê as Escrituras e faz comentários que enfurecem o povo em vez de maravilhá-lo (Lc 4:16-30).

A passagem escolhida por Jesus é Isaías 61:1, 2, em que o profeta predisse Aquele que, ungido pelo Espírito de Deus, proclamaria as boas-novas aos pobres, liberdade aos prisioneiros e restauraria a vista aos cegos. Ele, o Messias, anunciaria: “Este é o ano de Deus agir.”

O povo de Nazaré não valorizou Jesus. Eles O conheciam, não achavam que Ele fosse o Messias! Mas Ele era. E Sua mensagem ainda ecoa pelo mundo: “Este é o ano de Deus agir. Você está livre!” Hoje, diga a alguém: “Você está livre!”


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quinta-feira, outubro 11, 2012

JUSTIÇA SUPERIOR


Pois Eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos Céus. Mateus 5:20

Sempre que um novo presidente do país é eleito, imediatamente ele começa o processo de selecionar aqueles que o ajudarão a formar o governo. O secretário do tesouro, o secretário de estado, o diretor do departamento de segurança nacional e assim por diante. Há muitos cargos a ser ocupados, e com urgência.

Assim, quando o Rei do Céu veio à Terra e começou Seu reinado, o que Ele fez? Ele Se sentou na encosta de uma montanha de frente para o Mar da Galileia e começou a falar aos Seus súditos. Em vez de anunciar os membros de gabinete (“Para relações exteriores, selecionei Pedro; para secretário do tesouro, Mateus”), Ele começou a descrever como será o Seu reino. Ele não enfatizou o que as pessoas sob o Seu reinado fazem, mas aquilo que são.

“Bem-aventurados os pobres em espírito...”
“Bem-aventurados os que choram...”
“Bem-aventurados os humildes...”
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça...”
“Bem-aventurados os misericordiosos...”
“Bem-aventurados os puros de coração...”
“Bem-aventurados os pacificadores...”
“Bem-aventurados os perseguidos...”

E Ele prosseguiu dizendo: “Pois Eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos Céus” (Mt 5:20). Se as ideias anteriores supreenderam os ouvintes, essas devem tê-los chocado.

Mais justos do que os fariseus – quem seria capaz de uma coisa dessas? Os fariseus ordenavam a vida meticulosamente em estrita obediência às regras escritas e não escritas de sua religião, e Jesus está nos dizendo que temos que fazer ainda mais? Impossível!

O Sermão do Monte não é uma fórmula para governar uma cidade ou um estado. Não se trata dos reinos deste mundo, mas do reino de Deus, como as primeiras palavras de Jesus deixam claro: “Deles é o Reino dos Céus.” Esse é um reino real, agora mesmo. Jesus reina aqui, em corações e vidas. Ele inverte a ordem das coisas, pois a graça, não o poder, é a base do Seu reino.


Para OUVIR esta meditação, acesse: http://www.redemaranatha.com.br/?cat=11

(Esta meditação faz parte do devocional “Jesus, a Preciosa Graça”, editado pela Casa Publicadora Brasileira. Se desejar adquirir para você ou para presentear familiares e amigos, acesse http://www.cpb.com.br/produto-1252-meditacoes+diarias+2012+jesus+a+preciosa+graca+brochura.html ou ligue grátis: 0800-070-0606 )


quarta-feira, outubro 10, 2012

HOMEM SEM SMOKING


Quando o rei entrou para ver os convidados, notou ali um homem que não estava usando veste nupcial. E lhe perguntou: “Amigo, como você entrou aqui sem veste nupcial?” O homem emudeceu. Mateus 22:11, 12

Você já notou que as cerimônias de casamento, por mais que tenham sido meticulosamente planejadas e ensaiadas, geralmente são vítimas de alguma falha de última hora? Estávamos numa roda de amigos contando histórias de casamento (momentos muito divertidos) quando alguém contou o seguinte incidente de que foi testemunha. Podemos dizer que essa história ganhou o prêmio de melhor do dia:

Tudo estava pronto para o GRANDE EVENTO – os vestidos das damas de honra, os planos de viagem para a lua de mel, a recepção e assim por diante. Os padrinhos tinham tirado a medida para a confecção do smoking, que já havia sido entregue e levado para a igreja. Nada foi deixado para a última hora.

A lei de Murphy, porém, entrou em cena. Assim que os padrinhos chegaram para vestir o smoking, descobriram que faltava um. Na hora de pegar os trajes, de alguma forma um foi deixado na loja. Era domingo e a loja estava fechada.

O que fazer? Alguém olhou à sua volta, reparando especialmente nas medidas dos padrinhos, e teve uma ideia. A cerimônia começou no horário marcado, com dois padrinhos conduzindo os pais e avós dos noivos aos devidos lugares. Após uma pequena pausa, começou a entrada dos padrinhos e madrinhas e a cerimônia prosseguiu. Ao término, novamente houve uma pequena pausa, e então os dois primeiros padrinhos reapareceram para coordenar a saída dos convidados.

Minha amiga disse que ao longo de todo o evento havia um homem – nem sempre o mesmo – no quartinho do fundo da igreja vestindo apenas a roupa íntima!

A parábola de Jesus do banquete de casamento também possui um elemento surpresa. Na verdade, há uma série de surpresas. O rei promove um grande evento, mas os convidados rejeitam o convite. Ofendido, o rei ordena que os servos saiam de cidade em cidade convidando todos, bons e maus. O rei entra na festa e observa a cena. Um homem se destaca: ele não está vestindo o traje que o rei providenciou e é expulso do banquete.

Todos nós somos convidados para a grande cerimônia de casamento. Na verdade, não merecemos, mas somos convidados. Não sabemos o que vestir, mas o Rei providencia o traje apropriado, na medida perfeita!


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