sexta-feira, agosto 31, 2012

OS SONHADORES


E, depois disso, derramarei do Meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Joel 2:28

Uma das características que eu procuro conhecer nas pessoas são os sonhos delas. Será que aquela pessoa imagina novos horizontes, novos alvos a conquistar?

Os sonhos, creio eu, fazem parte da imagem de Deus em que nossos primeiros pais foram criados e que ainda retemos mesmo em nosso estado degradado. Afinal, Deus é o sonhador celestial, Aquele que enxerga possibilidades ilimitadas. Todos nós nos enxergamos de maneira limitada e, com isso, desapontamos o Criador.

Ao longo dos anos, tive a oportunidade de falar para muitos grupos de jovens. Minha primeira atuação no ministério foi como preceptor em um de nossos colégios internos. Aprecio falar com os jovens mais do que com qualquer outro grupo, e é muito gratificante saber que, mesmo com a diferença de idade entre nós, que me coloca numa relação de “avô”, os jovens ainda se mostram interessados em ouvir o que tenho a dizer.

Quem sabe isso aconteça porque reconheço minha função como semeador de sonhos. Num verso que celebra a chegada da primavera, Robert Frost escreveu:

Venha com a chuva, ó ruidoso vento sudoeste!
Traga o construtor de ninhos, o cantor celeste;
Dê à flor encoberta um sonho.

É exatamente essa a minha intenção – dar à flor encoberta um sonho. Que espécie de sonho? Sonhos de progresso pessoal. Sonhos de trabalhar para Deus e para a humanidade. Sonhos de impactar o mundo com a bondade eterna.

Ouça o conselho de Ellen White dirigido especialmente aos jovens:

“Vocês têm a ambição de educar-se para poder ter nome e posição no mundo? Têm pensamentos que não ousam exprimir, de poderem um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderem assentar-se em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Cada um de vocês pode estabelecer um alvo. Não devem se contentar com realizações mesquinhas. Aspirem à altura, e não se poupem trabalhos para alcançá-la” (Mensagens aos Jovens, p. 36).

A graça nos liberta para sonhar.


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(Esta meditação faz parte do devocional “Jesus, a Preciosa Graça”, editado pela Casa Publicadora Brasileira. Se desejar adquirir para você ou para presentear familiares e amigos, acesse http://www.cpb.com.br/produto-1252-meditacoes+diarias+2012+jesus+a+preciosa+graca+brochura.html ou ligue grátis: 0800-070-0606 )


quinta-feira, agosto 30, 2012

DE BRAÇOS ABERTOS


Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. 2 Coríntios 6:1

A palavra aqui traduzida como “receberem” foi empregada no sentido de “receber favoravelmente”, “aprovar”, “receber de braços abertos”. Deus não quer que simplesmente consintamos mentalmente com a graça. Ele quer que vivamos na graça e participemos de seus múltiplos benefícios. Ele quer que recebamos a graça de braços abertos.

Paulo deixou claro que é possível receber em vão a graça de Deus. Assim como a semente na parábola de Jesus (Mt 13:5-7) que caiu em terreno pedregoso ou entre espinhos, podemos aceitar Jesus como nosso Salvador, mas nunca crescer na plenitude que Ele nos oferece. Ele nos oferece vida, não apenas o livramento da sentença de morte. A vida cristã apenas começa no momento em que somos reconciliados com Deus e iniciamos um relacionamento com Ele. Deus deseja que sejamos transformados à Sua semelhança por meio do poder do Espírito Santo que opera em nós (2Co 3:18).

De que maneira podemos receber em vão a graça de Deus?

Pela negligência. Deus fala, e fala de novo; mas nos recusamos a ouvir. Pode ser que deixemos que as coisas deste mundo – o barulho e a confusão – abafem a voz de Deus. Cada vez que Ele falar, Sua voz parecerá mais baixa e mais distante, até que deixaremos de ouvi-la. Ele não para de falar, mas nossos ouvidos se fecham para Ele (Is 6:9, 10).

Usando a graça como uma desculpa para pecar. Deus nos conclama para a obediência; não para a obediência do esforço humano, mas para a obediência da graça. O Senhor não mudou: aquilo que abominava nos tempos bíblicos Ele ainda abomina hoje. Ele conclama Seu povo a brilhar em meio à escuridão, em meio a “uma geração corrompida e depravada” (Fp 2:15).

Acrescentando ideias humanas e obras à graça. Sempre que procuramos ganhar crédito com Deus, sempre que tentamos acrescentar algo à infinita suficiência da graça, nós a adulteramos. Essa atitude se encontra na raiz da heresia propagada entre os cristãos da igreja da Galácia.

Quando falhamos em aceitar a graça em nossa vida. É possível estudar sobre a graça em hebraico e grego, memorizar passagens bíblicas e dispor de argumentos teológicos – e ainda assim não conhecer a graça como poder vivificante na experiência pessoal.

Hoje, não recebamos em vão a graça. Vamos recebê-la de braços abertos.


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quarta-feira, agosto 29, 2012

INDO AONDE NINGUÉM JAMAIS FOI


Sempre fiz questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse edificando sobre alicerce de outro. Romanos 15:20

O que James Cook e o apóstolo Paulo têm em comum? Em 27 de outubro de 1728, nasceu o filho de James e Grace Cook numa choupana feita de barro e palha, uma estrutura conhecida como biggin, em Yorkshire, Inglaterra. Os animais da fazenda tinham livre acesso aos dois pequenos cômodos da choupana. Panos de saco espalhados pelo chão batido amenizavam a umidade e o odor.

As expectativas de futuro para o bebê James não eram nada animadoras. Os quatro irmãos que nasceram antes dele morreram aos cinco anos de idade; outro irmão faleceu aos 23. O pai trabalhava por dia, enquadrava-se no último nível da camada social. A educação pública não existia. O bebê James Cook parecia destinado a uma vida rigidamente confinada à rotina solar e ao ciclo tão bem conhecido de lar, roça, igreja e, finalmente, túmulo da família.

James Cook, porém, quebrou o ciclo. Escapando para o mar na adolescência, foi subindo de posto na hierarquia naval até atingir o nível mais alto, conquistando uma vaga na Sociedade Real, a melhor instituição intelectual de Londres. Seu maior feito, no entanto, foram as três heroicas viagens de exploração que ele realizou a partir dos 40 anos.

Ao embarcar em sua primeira viagem em 1768, cerca de um terço do mapa-múndi ainda estava em branco. Cook navegou rumo a essa lacuna e retornou três anos depois com mapas tão precisos que alguns deles ainda foram utilizados na década de 1990. Nas duas viagens seguintes, Cook explorou desde o Polo Norte até o Polo Sul, e desde a costa noroeste da América até o extremo nordeste da Sibéria. Na ocasião de sua morte por esfaqueamento no Havaí, Cook havia navegado mais de 320 mil quilômetros em um pequeno navio de madeira.

“A ambição me conduz não apenas para além do que qualquer outro homem já chegou antes de mim, mas até onde julgo ser o homem capaz de chegar”, Cook escreveu em seu diário. Nesse ponto ele foi igual ao apóstolo Paulo, que escreveu: “Sempre fiz questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse edificando sobre alicerce de outro.”

Há apenas poucos, pouquíssimos capitães James Cook. Há pouquíssimos apóstolos Paulo. A maioria de nós prefere seguir caminhos conhecidos. Mas Deus ainda chama homens, mulheres e jovens para ir aonde ninguém jamais esteve, a fim de levar o evangelho “a toda nação, tribo, língua e povo” (Ap 14:6). Ter pensamentos novos, explorar, navegar em novos horizontes – tudo para a glória dEle.


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terça-feira, agosto 28, 2012

A GRAÇA É UMA FONTE


Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. 2 Coríntios 8:1, 2

Certo ano, quase no fim do outono, Noelene amontoou uma boa quantidade de matéria vegetal em nosso quintal. Ela espalhou um pouco no canteiro de azaleias, mas não teve tempo de retirar o restante antes da chegada do inverno. Assim que a neve chegou e cobriu tudo com seu carpete branco de dez centímetros de espessura, ainda era possível detectar aquela elevação em nosso quintal, como se um cogumelo gigante estivesse a ponto de surgir.

Nada de cogumelo, mas algo muito melhor se escondia debaixo daquele monte de matéria vegetal – narcisos silvestres, açafrões e liláceas. Ao passar várias vezes por aquele monte, perguntei-me se as plantas sobreviveriam àquele longo período de abandono. Noelene também se fez a mesma pergunta.

Assim que a neve começou a derreter no início de março, obtivemos a resposta. Do monte recém-descongelado de matéria vegetal emergia nova vida como uma fonte amarela. As plantas ressurgiram em cor amarelada devido ao longo período que passaram na escuridão. Dentro de um ou dois dias, o Sol colocou a fantástica fórmula de clorofila em prática e as folhas recuperaram a coloração normal.

Você já se sentiu como essas plantas debaixo de um monte de matéria vegetal, como se tivesse sido abandonado? Talvez você se sinta assim agora. A graça é para você, meu amigo. A graça é como uma fonte que jorra a água pura e refrescante da vida. O divino poder da graça pode capacitá-lo a abrir caminho em direção à luz até emergir, talvez um pouco cansado, mas pronto para apreciar a alegria da primavera.

Na ocasião em que Paulo escreveu a carta que conhecemos como Segunda Epístola aos Coríntios, ele estava a caminho de Jerusalém. Os cristãos dessa cidade precisavam de ajuda, e Paulo estava arrecadando uma oferta de amor das igrejas pelas quais passava ao longo do trajeto, a fim de levar para a sede da igreja. Ele escreveu algumas linhas a respeito disso aos coríntios e contou-lhes sobre as igrejas da Macedônia a fim de incentivá-los. De acordo com o relato de Paulo, essas igrejas passaram pela “mais severa tribulação”. Elas também sofreram “extrema pobreza”. Entretanto, a graça tocou seu coração de maneira que, apesar de suas próprias necessidades, elas transbordaram em alegria e generosidade.

A graça é uma fonte. A graça faz de nós uma fonte.


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segunda-feira, agosto 27, 2012

A GRAÇA É UM DIAMANTE


E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra. 2 Coríntios 9:8

Assim como um diamante que brilha ao incidir a luz, a graça possui muitas facetas. Facetas surpreendentes, facetas novas para nós, facetas inesperadas – mas todas lindas. Nosso texto de hoje lança luz sobre cinco facetas da graça.

Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça. Deus não simplesmente concede, Ele concede generosamente. Ele não nos salva apenas em parte; Ele nos proporciona a entrada completa em Seu reino.

Que neste dia saiamos confiantes, alegres, serenos. A promessa de Deus vai adiante de nós, como a estrela que guiou os reis magos até Belém. Caminhemos em Sua luz, sabendo que algo mais precioso do que o ouro – sim, mais valioso do que o Diamante Hope – nos pertence: a graça.

Em todas as coisas. Não apenas no momento em que a vida sorri para nós. Não apenas no momento em que parece que temos o mundo aos nossos pés. Mas em todas as coisas: quando a vida nos dá um tapa na cara, quando nos sentimos maltratados, abandonados pelos amigos, tratados injustamente.

Ouça Paulo mais uma vez: “Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:38-39). E isso vale para hoje também.

Em todo o tempo. O diamante, diz a propaganda, é eterno. Assim também a graça. No fulgor do meio-dia e na escuridão da meia-noite. Nos passos firmes da juventude e nos passos trêmulos da velhice. No amor e na solidão. Na alegria e na tristeza. Essa promessa ainda é válida hoje como foi no passado. Deus estará conosco a todo instante, aconteça o que acontecer.

Tendo tudo o que é necessário. Não o que queremos, nem mesmo aquilo que pedimos em oração, mas tudo o que é necessário. Não os tesouros de valor terreno, mas tesouros celestiais, inesgotáveis. Tudo o que é necessário para viver por Deus, tudo o que é necessário para enfrentar o inimigo, tudo o que é necessário para vencer, tudo o que é necessário para nós. Hoje, em Jesus, já temos tudo o que é necessário.

Vocês transbordem em toda boa obra. A graça transbordante deve transbordar para a glória de Deus. Que promessa! Que dia nos aguarda!


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domingo, agosto 26, 2012

A GRAÇA REINA


A fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Romanos 5:21

A escala de superlativos em Romanos 5 atinge agora o topo: a graça transborda (v. 15), a graça abunda (v. 17), a graça superabunda (v. 20), a graça reina (v. 21).

O reino da graça se estabelece contra o reino do pecado. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, disse corretamente: o pecado reina. O pecado é um capataz, um senhor cruel, sujeitando-nos, sufocando nossos nobres impulsos e arrastando-nos para baixo tanto individualmente quanto em grupo.

Paulo está certo novamente: o pecado reina na morte. A morte, a grande igualitária, a grande certeza, domina. Bill Gates pode ser a pessoa mais rica do planeta, mas nem todo o dinheiro dele pode impedir que as comportas da morte sejam abertas. Michael Jordan pode transformar a quadra de basquete em um espetáculo atlético para o mundo, mas nem toda a habilidade dele pode impedir os passos implacáveis do Anjo da Morte. A princesa Diana – tão linda, tão admirada, tão infeliz, tão frágil – pereceu num terrível acidente de carro, deixando apenas lágrimas e arrependimentos.

O pecado reina. O pecado reina na morte. Não há dúvida. Mas o pecado e a morte não têm a palavra final. Uma vez o pecado e a morte reinaram, mas agora a graça e a vida reinam! Jesus Cristo, o Filho de Deus, desceu à Terra e baniu o pecado e a morte. Ele enfrentou o diabo em seu próprio reino e o venceu. No Calvário, Jesus tomou nosso lugar, sofreu uma morte desesperadora, a morte que por direito era nossa, para que possamos receber a vida que por direito é dEle.

No domingo pela manhã, porém, o sepulcro de Jesus estava vazio. O corpo tinha desaparecido; restaram apenas Suas vestes, cuidadosamente dobradas e empilhadas. Jesus apareceu para Maria Madalena e algumas outras mulheres; para Cléopas e seu amigo na estrada para Emaús; para Pedro; para os 11; para mais de 500 pessoas de uma só vez. Durante um período de 40 dias, Ele falou com os discípulos, chegando até mesmo a fazer refeições com eles (At 1:4). Mais tarde, apareceu para Saulo, que se tornou o apóstolo Paulo.

Meu amigo, você crê que a graça e a vida reinam mesmo hoje? Abra o coração para Jesus, permita que Ele reine em sua vida.


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sábado, agosto 25, 2012

A GRAÇA VENCE COM FACILIDADE


A lei veio para aumentar o mal. Mas, onde aumentou o pecado, a graça de Deus aumentou muito mais ainda. Romanos 5:20, NTLH

O apóstolo Paulo está ficando sem superlativos. Em Romanos 5, ele já afirmou que a graça transbordou (v. 15). Em seguida, subindo um grau na escala, descreveu sua abundância (v. 17, ARA). Ao chegar ao verso 20, com o desejo de elevar ainda mais o valor dessa palavra, ele utiliza uma palavra composta rara. Ele diz que a graça “superabundou”. O único lugar em que encontramos novamente essa palavra é em 2 Coríntios 7:4, cujo autor também é Paulo: “Estou superabundante de alegria apesar de todos os nossos problemas” (The Message).

Paulo aqui está comparando e contrastando pecado e graça. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (ARA). Assim, ele apresenta duas realidades: abundância do pecado e superabundância da graça. Essa afirmação nos deixa com uma grande pergunta. Que o pecado abundou é óbvio, mas como pode Paulo dizer que a graça superabundou? Ou, como a versão The Message diz: “a graça vence com facilidade” (Rm 5:20)?

Eu poderia preencher o restante desta página descrevendo sobre a abundância do pecado e, no fim, mal teria começado. Em todo lugar, por todos os lados, em todos os aspectos da vida vemos o aumento do mal e seus terríveis efeitos. O mundo está correndo apressadamente para o encontro com seu destino, e as coisas não vão melhorar. Quanto mais aprendemos, mais o conhecimento e a tecnologia são dedicados às novas manifestações de iniquidade e corrupção. Assim como nos dias que antecederam o dilúvio, todo desígnio do coração do povo é mau (Gn 6:5). Guerra, assassinato, estupro, abuso sexual, incesto, mentira, pornografia, malícia, ódio, decepção, orgulho, arrogância – realmente há abundância de pecado, aparentemente incontrolável. Nenhum problema em aceitar a afirmação de Paulo até aqui.

E quanto à outra parte que diz que a graça superabundou? Não seria essa uma “dissonância cognitiva”, ou seja, as evidências contrariam a afirmação? Aparentemente, sim. Mas não aos olhos da fé. Não para aquele que vive na graça. Não para a pessoa que respira o ar de vida do Céu, que sabe que a atmosfera da graça circunda este planeta assim como o nitrogênio e o oxigênio. Não para a pessoa que sabe, não apenas pela lógica, mas pelo coração, que Jesus Cristo está vivo. Não para o cristão que tem uma experiência pessoal, que vive a batalha entre o pecado e a graça e pode testemunhar que a graça vence com facilidade.


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sexta-feira, agosto 24, 2012

UM BANDO DE PÁSSAROS


É verdade que, por causa de um só homem e por meio do seu pecado, a morte começou a dominar a raça humana. Mas o resultado do que foi feito por um só homem, Jesus Cristo, é muito maior! E todos aqueles que Deus aceita e que recebem como presente a Sua imensa graça reinarão na nova vida, por meio de Cristo. Romanos 5:17, NTLH

No último dia de fevereiro, abri a porta de entrada de nosso lar para buscar o jornal. Do outro lado do gramado, vi um bando de pássaros ocupados revirando a grama amarelo-acinzentada pós-inverno. Não apenas um, ou cinco, ou doze, mas um grande número. Ao me dirigir para o acesso de entrada da casa, os pássaros começaram a voar de um lado para o outro, quase tocando em mim. Pareciam alegres, animados, como se quisessem dizer: “Estamos felizes em estar de volta depois de passar o inverno fora! A primavera não é maravilhosa?”

Constatamos mais tarde que a primavera ainda não tinha chegado completamente. Naquele mesmo dia, uma tempestade de neve veio do sul, fechando escolas e a maior parte de outros estabelecimentos de Washington. Essa espécie de pássaro, o pintarroxo, invariavelmente chega cedo, anuncia a chegada da primavera, antecipando-a, apressando-a com o bater de suas asas.

Amo a primavera. Sempre procuro os primeiros açafrões que florescem algumas semanas depois de os pintarroxos aparecerem. E especialmente pelo primeiro pintarroxo, o fiel arauto de dias mais quentes e ninhos novos. Geralmente, os primeiros pintarroxos aparecem dispersos. Muitas vezes vemos apenas um. Essa é a razão de a cena daquele 28 de fevereiro ter me surpreendido. Um pintarroxo já seria suficiente para me fazer feliz, mas Deus enviou um bando inteiro. Aquilo, sim, é abundância!

Exatamente como a graça; a graça é como um bando de pintarroxos.

Na excelente paráfrase de Romanos 5:17, nosso texto de hoje, Eugene H. Peterson não usou a palavra “abundância”, mas Paulo a usou em sua carta. A versão Almeida Revista e Atualizada desse texto diz: “os que recebem a abundância da graça”.

Um pouco antes desse verso maravilhoso, Paulo escreveu sobre a graça que transbordou (v. 15). Agora ele descreve a abundância da graça. Como veremos, ainda não acabou. À medida que continua a escrever essa passagem, começa a aumentar mais e mais na escala de superlativos, cada vez mais alto, até exaurir os limites do vocabulário. A graça transborda. A graça é abundante. A graça é maravilhosa. A graça é Jesus.


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quinta-feira, agosto 23, 2012

GRAÇA TRANSBORDANTE


Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. Pois se muitos morreram por causa da transgressão de um só, muito mais a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para muitos! Romanos 5:15

Nessa incrível passagem encontrada no maravilhoso livro de Romanos, o livro que despertou a Reforma, o apóstolo Paulo contrasta Adão e Jesus Cristo. Dessa justaposição básica surge uma série de outros contrastes extremos: pecado e justificação, morte e vida, condenação e dádiva. E a palavra que Paulo repete vez após outra é charis, graça.

Esta passagem, Romanos 5:12-21, infelizmente gerou um conflito infindável por séculos. A questão se encontra na sentença de abertura de Paulo (v. 12), em que ele começa a contrastar Adão e Cristo, mas se deixa levar pelo poder das ideias que está apresentando. Ele começa: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem” (NVI), mas não conclui a ideia com “assim a justiça veio a todos por meio de um único homem, Jesus Cristo”. No silêncio dessa lacuna, dessa sentença não concluída, os teólogos introduziram uma ideia que penso que era alheia a Paulo – “pecado original”, a ideia de que todos nós carregamos a culpa pela transgressão de Adão.

Não precisamos nos envolver nesse conflito. O tema abordado por Paulo ao longo dessa passagem é bastante claro. E que tema! Não é de surpreender que tenha dominado o pensamento de Paulo, fazendo com que, por estar ditando o texto, deixasse a sentença em aberto, sem concluí-la.

No texto escolhido de hoje, Paulo contrasta “a dádiva” com “a transgressão”. “A dádiva” é a vida eterna, a salvação, oferecida a cada pessoa que já existiu. “A transgressão” é o primeiro pecado de Adão, sua desobediência à explícita palavra de Deus. Por causa da transgressão de Adão, “muitos” morreram. Não por causa da culpa de Adão colocada sobre essas pessoas, mas porque, como Paulo deixa claro no verso 12, “a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (NVI).

Um homem peca e morre. Como resultado dessa transgressão, o pecado passa de geração em geração. Todos pecaram – ninguém está isento, “nem um sequer” (Rm 3:10) – por isso a morte vem a todos.

A graça, porém, entra em cena. A graça transborda. Por mais longe que se espalhe o pecado, mais longe ainda se espalha a graça. Por mais que a morte amplie seu domínio, mais a graça amplia o dela! Por meio de Jesus Cristo, todos os que estavam perdidos por causa de Adão são restaurados – e mais, muito mais!

quarta-feira, agosto 22, 2012

ENRIQUECIDOS PELA GRAÇA


Sempre dou graças a meu Deus por vocês, por causa da graça que lhes foi dada por Ele em Cristo Jesus. Pois nEle vocês foram enriquecidos em tudo, isto é, em toda palavra e em todo conhecimento. 1 Coríntios 1:4, 5

Quando vivemos na graça do Senhor, que Se regozija em dar, Ele derrama sobre nós bênçãos espirituais. Somos enriquecidos por Ele em todo o nosso discurso e em todo o nosso conhecimento. Ele nos concede habilidades para desempenharmos Sua obra. “Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada” (Rm 12:6).

Oh, como a igreja é maravilhosa! Embora pareça debilitada e defeituosa, “é o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 12). Na comunhão dos que foram chamados por Deus para sair do mundo, não encontramos muitas pessoas famosas ou brilhantes de acordo com o padrão do mundo. Pois Deus escolhe “as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios”, “as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes”, “as coisas humildes do mundo, e as desprezadas [...] para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1:27-29, ARA).

Conheço um homem que se pode realmente dizer que foi enriquecido de todas as formas, “em todo discurso e em todo conhecimento”. Ele concluiu o doutorado em uma universidade prestigiada e reconhecida internacionalmente. Discursa para auditórios com milhares de pessoas em várias partes do mundo e ocupa uma posição de grande responsabilidade. Entretanto, quando era adolescente, sentiu Deus tocar seu coração e, ao aceitar o chamado para o ministério, muitos que o conheciam duvidaram de sua capacidade. Aquele jovem era gago. Como seria capaz de falar em público?

Mas o Espírito de Deus pode superar as deficiências naturais. Moisés também tinha dificuldade de falar em público (Êx 4:10), mas se tornou o maior líder do Antigo Testamento.

Entendo muito bem o que Moisés e o jovem que mencionei acima sentiram. Em minha adolescência, fui muito tímido. Costumava sentar na última fileira de bancos da igreja durante a reunião jovem e ir embora discretamente antes de acabar. Certo dia, ao ser convidado para ajudar a retirar as ofertas, quase morri!

Enriquecidos pela graça. Essa também é a minha história. Se deixar Deus operar o plano que Ele tem para a sua vida, a graça dEle o habilitará para o serviço de tal maneira que você não é capaz de imaginar.


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terça-feira, agosto 21, 2012

PERSONA NON GRATA


Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes. Romanos 5:1, 2

A expressão persona non grata literalmente significa “pessoa não bem-vinda” e é utilizada para indicar que alguém não é bem aceito ou desejável. Conheço muito bem essa expressão por causa de uma experiência constrangedora que tive há alguns anos.

A Casa Publicadora Brasileira, em Tatuí, SP, estava comemorando 100 anos de existência. Fui convidado, com outras pessoas, para participar das festividades e para pregar na igreja do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus São Paulo. Na noite de quinta-feira da semana de comemoração, me encontrei com meus colegas da sede mundial da igreja a caminho do Aeroporto Nacional Reagan, em Washington, para embarcarmos num voo para o Brasil.

Durante o check-in para o voo fiquei incomodado com a demora do atendente em checar meus documentos. Ele não parava de olhar as informações em meu passaporte, virava continuamente as páginas para lá e para cá. Então, disse: – Sr. Johnsson, não consigo encontrar em seu passaporte o visto de entrada para o Brasil.

Levei um susto. Visto? De todos os preparativos para a viagem esse foi o único detalhe do qual esqueci completamente. Perguntei: – Posso conseguir o visto depois que chegar em São Paulo?

– Não. O governo brasileiro não permite esse procedimento. Se deixarmos o senhor embarcar, a alfândega brasileira impedirá seu acesso ao país.

Minha cabeça parecia girar.

– Então talvez possa embarcar num voo para Buenos Aires, conseguir o visto lá e pegar um voo para o Brasil. Por favor, verifique se isso é possível.

Os dedos do atendente pareciam voar sobre o teclado.

– Sinto muito, mas todos os voos para Buenos Aires estão lotados. Sua única chance é ir à embaixada brasileira em Washington amanhã e pedir o visto.

Esse atraso faria com que eu chegasse tarde demais para a maior parte das celebrações e tarde demais para honrar o compromisso de pregar. Desapontado e sentindo-me um tolo, me despedi dos meus colegas, chamei um táxi, voltei para casa e mandei um e-mail pedindo desculpas pela minha falha.

Graças a Deus, tenho um visto válido em meu passaporte celestial! Por meio de Jesus, tenho acesso à graça. Posso entrar! Sou bem-vindo!


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segunda-feira, agosto 20, 2012

JUSTIFICADOS PELA GRAÇA


Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:23, 24

Essa passagem maravilhosa é o resumo da história de nossa salvação. Ela sintetiza o dilema humano, a iniciativa compassiva de Deus em nos resgatar e, finalmente, o meio pelo qual esse resgate se tornou possível.

Todos pecaram; todos estão destituídos da glória de Deus. Nós estragamos tudo, arruinamos tudo. Estamos muito, muito encrencados. É aí que a história começa, onde sempre deve começar, porque essa é a verdade a nosso respeito. Antes da boa notícia a respeito de Deus vêm as más notícias a nosso respeito.

Que poder tem a pequena palavra “pecado”! Tão carregada de falha, culpa, vergonha e desespero. A Bíblia emprega uma variedade de palavras para expressar a ideia básica de nossa necessidade desesperadora de ajuda que não provém de nós. Pecar é errar o alvo, como quando alguém lança uma flecha em direção ao alvo. Pecar é ficar “destituído”. Pecar é um ato de desobediência. Pecar é perverter, torcer o que é direito e bom. Pecar é rebelar-se.

Deus criou a humanidade perfeita, à Sua própria imagem. Mas nós escolhemos seguir nosso próprio caminho e estragamos tudo. Agora estamos perdidos, sem esperança. Estamos destituídos da glória de Deus. E quem pensa de outra forma simplesmente não compreende a santidade dAquele que nos criou.

Agora vem a boa notícia: Deus nos “justifica” gratuitamente. A imagem é a de uma cena familiar (talvez até dolorosa) a todos nós. Trata-se de um tribunal de justiça, e nós ocupamos o banco dos réus. O veredicto é proferido: “Declaramos o réu culpado das acusações!” Culpado de estragar tudo, de arruinar tudo, de estar destituído da glória de Deus. Mas o Juiz pede a palavra: “Você está livre! Seu passado foi esquecido, o registro apagado. Aos Meus olhos você nunca pecou!”

A graça é assim. Um dom inacreditável. Libertos! Como pode Deus fazer isso? Não é Ele um Deus de justiça, afinal? Sim, não há dúvidas. Ele nos justifica gratuitamente “por meio da redenção que há em Cristo Jesus”. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16, ARA).

Jesus tomou nosso lugar. Ele, que nunca cometeu pecado, sai em nossa defesa. Ele toma sobre Si mesmo o nosso pecado e a nossa culpa – toda a devastação e perdição – e nos oferece Sua vida perfeita. Que troca! Isso é graça, graça inacreditável e gratuita. Louvado seja o Seu nome!


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domingo, agosto 19, 2012

MOLDADO PELA PALAVRA


Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2

A menos que sejamos moldados pela Palavra, seremos moldados pelo mundo. A cultura predominante gradualmente fará com que nos encaixemos em seu molde. Imperceptivelmente, as atitudes e valores propagados por ela se tornarão os nossos. Nossa única salvaguarda é permitir que a Palavra nos transforme diariamente naquilo que Deus deseja para nós. A Bíblia é o Seu dom para nós, um presente da graça para iluminar nosso caminho. Se, sob a influência do Espírito Santo, que inspirou a Palavra, permitirmos que ela impregne nosso ser, ela nos tornará “plenamente preparado[s] para toda boa obra” (2Tm 3:17).

A notícia triste é que, apesar de muitos cristãos hoje terem acesso à Bíblia em diversas traduções, eles estão deixando a Palavra perecer em sua experiência. Os Estados Unidos, por exemplo, constituem a terra das Bíblias. Mas os norte-americanos se tornaram analfabetos bíblicos. Uma pesquisa que abrangeu 1.156 alunos de ensino médio demonstrou que apenas um em cada 39 alunos foi capaz de mencionar três livros escritos por Paulo. E apenas um em cada 38 conseguiu lembrar o nome de três profetas do Antigo Testamento.

Entre a população norte-americana, 84% afirmam crer que os Dez Mandamentos ainda são válidos; porém, mais da metade desse grupo é incapaz de identificar pelo menos cinco deles! O grupo de pesquisa Barna entrevistou pessoas que se diziam cristãs. Descobriu-se que 22% dos entrevistados pensavam que realmente existisse o livro de Tomé na Bíblia, enquanto 13% não tinham certeza se Tomé era um livro da Bíblia ou não. Além disso, 42% pensavam que a expressão “Deus ajuda a quem cedo madruga” estava escrita na Bíblia.

Qual a razão de tamanha ignorância? A Bíblia não é mais lida. Quase todos os americanos possuem pelo menos um exemplar da Bíblia, e a maioria possui mais de um. Mas as Bíblias servem para juntar poeira na prateleira. Em média, os judeus dedicam 325 horas para o estudo da Bíblia a cada ano e os católicos romanos cerca de 200, mas os protestantes dedicam apenas 25 horas. A Bíblia não pode nos ajudar se nós a negligenciarmos.

Temos que escolher, individualmente, ser moldados pela Palavra. Isso significa que precisamos fazer da leitura da Bíblia a prioridade em nossa vida, dedicando diariamente tempo de qualidade para ouvir Deus falar conosco em meio ao silêncio e em atitude de oração.


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sábado, agosto 18, 2012

A HISTÓRIA DE DOIS ATLETAS


Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. 1 Coríntios 9:24

Várias vezes, Paulo se referiu à vida cristã como uma corrida. Assim, amigo, você e eu somos atletas na corrida da vida. Mas a grande questão é: Por que corremos? E com ela vem outra pergunta interessante: Como corremos?

Os Jogos Olímpicos de 1924, sediados em Paris, França, foram caracterizados por dois atletas maravilhosos, ambos ingleses. Tratava-se de homens determinados; sua história, mais estranha do que qualquer ficção, deu origem ao clássico Carruagem de Fogo. Um deles, Harold Abrahams, era cabeça quente. Apesar de o pai dele, que era investidor, ser um homem muito rico, e apesar de Abrahams ter sido aceito para estudar na Universidade Cambridge, escola da elite, ainda sentia que tinha muito a provar, tanto ao mundo quanto a si mesmo. Abrahams era judeu e extremamente sensível a qualquer menosprezo, real ou imaginário, a qualquer sinal ou sugestão que indicasse que ele não fosse um verdadeiro inglês. Em vez de ceder às pressões sociais ou simplesmente suportar ser tratado com menosprezo, Abrahams levava o caso até as últimas consequências. Ele se tornou o melhor atleta da Inglaterra e conquistou o ouro olímpico.

Ao norte, nas Montanhas Escocesas, um atleta de características totalmente diversas também se preparou para ser o atleta mais rápido do mundo. Eric Liddell, filho de missionários na China, havia retornado à terra natal dos pais. Cristão devoto, ele se comprometeu a voltar ao campo missionário na China, mas apenas depois de testemunhar de sua fé na pista de atletismo.

Os dois foram selecionados para fazer parte da equipe olímpica britânica e partiram para a França com elevadas expectativas. Os anos em que Abrahams se submeteu a rígidos treinos compensaram: ele ganhou a prova dos 100 metros rasos, casou-se com uma linda atriz e teve uma vida boa, sendo respeitado e admirado.

Mas para Eric o sonho olímpico se tornou um pesadelo. Ele ficou sabendo que a competição dos 100 metros ocorreria no dia que ele considerava sagrado. Eric sofreu uma terrível pressão para competir, mas permaneceu firme. A esperança de conquistar o ouro olímpico foi embora. Surgiu, então, um raio de esperança – não para os 100 metros, mas para os 400 metros. Liddell não havia se preparado para correr essa distância, mas decidiu participar da corrida e venceu, sendo aclamado por todos.

Amigo, por que você corre? E como? Certifique-se de que seja por causa da graça e pela graça.


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sexta-feira, agosto 17, 2012

A GRAÇA DO SONO


Será inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento. O Senhor concede o sono àqueles a quem Ele ama. Salmo 127:2

Imagine como seria nunca sonhar, nunca ser capaz de pegar no sono, deitar exausto na cama, mas ficar com os olhos arregalados. Certamente isso seria um pesadelo.

Uma doença muito rara conhecida como insônia fatal foi recém-descoberta. Talvez nunca tivéssemos ouvido falar dela se não fosse o trabalho de investigação médica de uma família italiana que, agora sabemos, há séculos foi assombrada por um terrível destino.

Ignazio Roiter é médico. Sua esposa, Elisabetta, vem de uma família italiana proeminente com raízes em Veneza desde 1600. O treinamento médico de Roiter não o havia preparado para os sintomas intrigantes que a tia de Elisabetta, de 40 e poucos anos, começou a apresentar. Ela parecia dormir o tempo todo, mas alegava sofrer de insônia. As pílulas para dormir não ajudaram. Em poucos meses, ela não conseguia mais andar, e depois passou a ter dificuldade para falar. Um ano depois do aparecimento da condição misteriosa de insônia, a tia faleceu.

Então, outra tia de repente começou a apresentar o mesmo quadro clínico. Os sintomas eram idênticos. Ela também faleceu um ano após o aparecimento da misteriosa enfermidade. Desesperado para encontrar o diagnóstico e a cura, o Dr. Roiter fez uma pesquisa nos antigos registros de nascimentos e mortes da igreja local. Ao rastrear a árvore genealógica de Elizabetta, uma sequência começou a se destacar. A pesquisa mais tarde o conduziu para San Servolo, uma ilha próxima a Veneza e local do primeiro hospício da Europa. Os registros amarelados revelaram: os parentes de Elizabetta havia anos faleciam devido à insônia.

Nessa ocasião, o tio Silvano fez uma visita aos sobrinhos. Parecia deprimido, ansioso, uma pessoa diferente. Estava com a doença da falta de sono também. Determinado a ajudar a encontrar a cura, Silvano concordou em participar de estudos clínicos realizados por especialistas em sono. Mas ele também não suportou a falta de descanso e faleceu de exaustão aos 52 anos. O cérebro de Silvano foi removido e examinado. Descobriu-se que estava cheio de pequenos furos causados por uma perigosa desordem de proteína. Hoje os cientistas estão trabalhando para encontrar a cura para essa terrível doença hereditária.

Dormir! Um dom da graça colocado em nosso sistema por um Pai sábio e amoroso. Não o valorizamos até que o perdemos. O que pode ser pior do que se sentir desesperadamente cansado e não ser capaz de dormir?


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quinta-feira, agosto 16, 2012

RECOMENDADOS À GRAÇA


De Atália navegaram de volta a Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a missão que agora haviam completado. Atos 14:26

Paulo e Barnabé voltaram para casa. Haviam estado fora por dois ou três anos, desempenhando a missão pioneira de levar o evangelho a Chipre e à Ásia Menor (atual Turquia). Em alguns lugares eles haviam sido bem recebidos, mas em outros tinham encontrado oposição tão violenta que foram obrigados a fugir para salvar a vida. Em uma cidade chamada Icônio, Paulo foi apedrejado, arrastado para fora dos portões e dado como morto. Não é de admirar que seu jovem companheiro, João Marcos, logo desistiu e voltou para casa.

Agora, Paulo e Barnabé haviam retornado para casa. Não por terem desistido, mas pela satisfação de terem desempenhado bem sua missão. Eles pregaram sem medo ou hesitação a mensagem de Jesus, e formaram congregações de novos fiéis nos centros mais importantes em que estiveram. A fim de ajudar a manter intactas as jovens igrejas, eles ordenaram anciãos.

De volta a Antioquia, na Síria, “reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé” (At 14:27). Quantas histórias para contar! Quantas maravilhas da providência e da libertação operadas pela mão divina! Que testemunho do poder do Cristo vivo! Os crentes em Antioquia devem ter ficado impressionados diante do relatório, manifestando sua alegria através de cânticos de louvor e adoração a Deus.

Antioquia foi o local em que tudo começou – o espírito missionário do cristianismo, que levou o evangelho ao ocidente através da obra de Paulo; ao leste, sul e norte através da obra de outros; e que ainda prossegue avante em nossos dias, atingindo os lugares mais remotos da Terra. Os crentes em Antioquia reconheceram o chamado do Espírito Santo para separar Paulo e Barnabé a fim de executar essa grande obra. Em obediência à ordem divina, eles jejuaram e oraram, em seguida os ordenaram e os enviaram para cumprir a missão.

Paulo e Barnabé partiram não apenas comprometidos com uma missão, mas comprometidos com a graça. A igreja os encomendou à graça de Deus para guiá-los, protegê-los e coroar de poder a obra que desempenhariam. E essa graça não os decepcionou. Ao sairmos para enfrentar um novo dia, nós também temos o inestimável privilégio de nos encomendarmos à mesma graça. Comecemos o dia pela graça e voltemos em segurança para casa pela graça.


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quarta-feira, agosto 15, 2012

A MENSAGEM DA GRAÇA


Paulo e Barnabé passaram bastante tempo ali, falando corajosamente do Senhor, que confirmava a mensagem de Sua graça realizando sinais e maravilhas pelas mãos deles. Atos 14:3

Aqui, em poucas palavras, descobrimos o segredo do poder da pregação dos apóstolos: eles pregavam o favor imerecido de Deus por nós, e o Senhor confirmava essa mensagem com demonstrações da Sua presença.

Como ministro do evangelho há mais de 40 anos, sei por experiência própria quão fácil e tentador é colocar a ênfase em outro lugar. Livros de sermões e até mesmo muitas aulas de homilética podem levá-lo a tomar um rumo errado. Você passa a pensar que o sermão é uma forma de arte em que você, o pregador, é o artista principal. Você seleciona uma passagem bíblica e a estuda e analisa cuidadosamente. Divide-a em três ou quatro partes, explica cada uma delas em relação ao tema geral e, em seguida, procura ilustrações para exemplificar na prática a lição e transmiti-la aos ouvintes.

Tudo isso é bom – até certo ponto. Certamente, é preferível ao curso que mais e mais pregadores parecem estar seguindo, isto é, embasar suas considerações em uma história, ou uma série de histórias, com um texto bíblico encaixado aqui e ali. O objetivo geralmente parece ser interessar, até mesmo entreter, e quando esse é o caso, o canal humano, não o Senhor, recebe o louvor.

Há alguns anos (não consigo me lembrar exatamente quando) comecei a mudar minha forma de pregar e escrever. Nenhum evento ou leitura em particular causou a mudança, que foi gradual. Talvez tenha sido a imersão na leitura da Bíblia que tenha causado essa alteração. Penso que foi desde que incorporei a graça como um elemento em meu ministério; a mudança foi focar a graça. Pouco a pouco cheguei ao ponto de procurar garantir que cada pregação fosse uma mensagem da graça, não apenas na tentativa de incorporar a graça, mas de personificá-la.

Tenho sido imensamente abençoado desde então, de novas e abundantes maneiras. Tenho pregado a mensagem da graça (não o mesmo sermão, mas sempre a mesma mensagem) ao redor do mundo. Tenho pregado a pequenos e grandes auditórios, a grupos sofisticados e simples. E o Senhor sempre confirma Sua presença nessas ocasiões.

Uma grande mudança é que a mensagem agora não diz respeito a mim, mas a Ele. Isso faz toda a diferença.


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terça-feira, agosto 14, 2012

CONTINUANDO NA GRAÇA


Despedida a congregação, muitos dos judeus e estrangeiros piedosos convertidos ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé. Estes conversavam com eles, recomendando-lhes que continuassem na graça de Deus. Atos 13:43

Sim, podemos estar na graça, mas também podemos estar fora dela. A ideia de que uma vez tendo aceitado a Cristo jamais nos perderemos é contrária aos ensinos da Bíblia. “Vocês, que procuram ser justificados pela Lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça”, escreveu Paulo aos gálatas (Gl 5:4).

Uma coisa é começar uma corrida, outra bem diferente é completá-la. “Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade?” (v. 7). Muitos iniciam a jornada rumo ao Céu, mas poucos chegam aos portões da cidade de Deus: “Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram”, disse o Senhor (Mt 7:14).

Há muitos anos, uma visão da vida cristã foi dada a uma jovem, Ellen Harmon. Nela, a jovem viu um caminho estreito e ascendente que se tornava cada vez mais íngreme e estreito. Uma grande multidão iniciou a jornada, mas muitos, sobrecarregados com as posses e os cuidados da vida, caíram ao longo do caminho. Alguns desanimaram e desistiram. Mas outros mantiveram o olhar fixo em Jesus e completaram a jornada rumo ao lar celestial (ver Primeiros Escritos, p. 14, 15).

Provavelmente, todo mundo que ler essa descrição conseguirá pensar em alguém que começou, mas desistiu. Talvez um irmão, o cônjuge, um filho ou quem sabe um amigo. Pessoas que desistem e pessoas que completam – o que faz a diferença? Continuar na graça, como Paulo e Barnabé disseram aos recém-conversos da cidade de Antioquia (atual Turquia).

A graça, o dom imerecido de amor e salvação de Deus, nos conduz para um relacionamento íntimo com Ele. Ouvimos, o Espírito fala ao nosso coração, respondemos sim e nos tornamos filhos de Deus, filhos da graça. Agora, para o resto de nossos dias, devemos continuar crescendo nesse relacionamento.

Toda vez que não valorizamos um relacionamento, ele começa a morrer. Toda vez que deixamos de valorizar a graça, começamos a perdê-la. Continuar pode soar como algo maçante, até mesmo chato. Continuar, porém, é a essência da melhor e mais linda experiência da vida: continuar num relacionamento de amor com Alguém mais precioso do que a própria vida, continuar esforçando-se por um nobre objetivo, continuar na integridade, “tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo” (Ellen G. White, Educação, p. 57).


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segunda-feira, agosto 13, 2012

OS PRIMEIROS CRISTÃOS


Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. Atos 11:26

A igreja cristã começou em Jerusalém, mas o nome “cristão” surgiu muitos anos mais tarde e a muitos quilômetros de distância. Provavelmente esse nome tenha se originado como provocação por parte dos incrédulos.

Durante o ministério terrestre de Jesus, aqueles que O aceitavam eram simplesmente chamados de seguidores, que é o significado de “discípulo”. Jesus evitava aplicar a palavra “Cristo” (termo grego para “Messias”) a Si mesmo, provavelmente porque a expectativa popular associava o Messias a um líder político destinado a libertar a nação do jugo romano.

Após a ressurreição de Jesus, os que participaram do início do movimento foram mais comumente chamados de seguidores do “Caminho” (At 9:2; ver também At 19:9, 23; 22:4:14, 22). Eles também eram conhecidos como membros da seita nazarena (At 24:5).

O nome “cristão” provém da união da palavra grega Christos (“Cristo”) com uma terminação latina. É quase certo que os seguidores de Jesus não inventaram a palavra “cristão”; mas provavelmente esse foi um termo usado pelos gentios para ridicularizar os fiéis. Os judeus certamente não a empregaram, pois literalmente significa “seguidores do Messias”, e eles rejeitaram Jesus como o Messias.

Ali na cidade pagã de Antioquia, a nova religião criou raízes fortes. Aparentemente, o nome de Jesus como o Cristo estava constantemente nos lábios dos crentes, e seus vizinhos incrédulos criaram uma palavra para zombar deles. “Este nome foi-lhes dado porque Cristo era o principal tema de sua pregação, conversação e ensino”, escreveu Ellen White. “Os pagãos bem podiam chamá-los cristãos, uma vez que pregavam a Cristo e dirigiam suas orações a Deus por intermédio dEle” (Atos dos Apóstolos, p. 157).

Em seguida, ela acrescentou: “Foi Deus quem lhes deu o nome de cristãos. Esse é um nome real, dado a todos os que se unem a Cristo” (Ibid.). Assim, aquilo que os pagãos consideraram um insulto tinha, na realidade, dignidade e propósito divinos.

Tantas coisas acontecerem desde Antioquia! Tantas guerras travadas por assim chamados “cristãos”. Tanto sangue derramado. Como é triste a degradação desse nome real! Naquela época e hoje. Sou eu um verdadeiro cristão?


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domingo, agosto 12, 2012

GRAÇA PARA OS CANHOTOS


Seus discípulos Lhe perguntaram: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?” João 9:2

Há 36 anos, declarou-se o dia 13 de agosto como o Dia Internacional dos Canhotos. Essa data foi escolhida porque na época ainda não era feriado e porque, em 1976, aconteceu de cair numa sexta-feira 13.

Os canhotos compõem 10% da população. Eles enfrentam uma luta eterna contra o preconceito cultural da maioria destra. Desde a antiguidade prevalece a noção de que esquerdo é sinônimo de ruim. A palavra francesa gauche significa “esquerdo” e também “desagradável, desajeitado ou deficiente em graça”. Na Bíblia, o lado direito é considerado o lugar de honra (Sl 110:1-5).

Os canhotos têm que lidar com milhares de inconveniências, desde teclados de computador (apesar de Bill Gates ser canhoto!) até abridores de lata, motosserras, porta-papel higiênico e carteiras escolares. Eles nem mesmo conseguem brincar de palavras cruzadas sem ter que levantar continuamente a mão!

Não é de surpreender que alguém tenha tido a brilhante ideia de selecionar um dia para lutar pelos direitos dos canhotos. Mas o plano fracassou – a organização que deu início ao movimento não existe mais. Os canhotos são deixados com o pensamento consolador de que o lado direito do cérebro controla o lado esquerdo do corpo, e por isso os canhotos são as únicas pessoas mentalmente direitas.

Elas também podem orgulhar-se da companhia de muitas pessoas famosas: Henry Ford, Albert Einstein, Gandhi, Winston Churchill, Rainha Elizabeth II e sete presidentes dos Estados Unidos, incluindo Ronald Reagan, George H. W. Bush e Bill Clinton.

Os Evangelhos não mencionam a presença de pessoas canhotas entre os seguidores de Jesus, mas certamente elas estavam lá. O Salvador deixou bem claro que nossa constituição física, sobre a qual não temos controle (altura, cor, gênero, etnia), não faz diferença para Ele. Na ocasião em que os discípulos Lhe perguntaram de quem era a culpa de aquele homem ter nascido cego, Ele respondeu: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele” (Jo 9:3).

Como sempre, as pessoas hoje expõem algumas minorias simplesmente por serem diferentes. Mas a graça muda tudo. Quer sejamos altos ou baixos, negros ou brancos, canhotos ou destros, essas coisas são assim para que a obra de Deus se manifeste em nossa vida.


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sábado, agosto 11, 2012

O BISPO E O TRAFICANTE


Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador. Lucas 18:13

Você conhece a parábola de Jesus sobre o bispo e o traficante? Claro que sim! Você a conhece melhor como o fariseu e o publicano (ou “cobrador de impostos”, na Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Ao lermos a parábola do fariseu e do publicano, geralmente falhamos em compreender o grande contraste que Jesus traçou entre os dois indivíduos da história. Notamos que um deles é uma pessoa religiosa, enquanto o outro não professa religião alguma; mas paramos por aí. Jesus, porém, estava dizendo muito mais do que isso ao escolher esses dois personagens.

Na época de Jesus, os fariseus se consideravam os mais piedosos e conscienciosos da nação. Eles não estavam envolvidos no sumo sacerdócio. Outro grupo, o dos saduceus, é que controlava o sumo sacerdócio e acabou tornando esse ofício uma base de força política.
Os saduceus não acreditavam em anjos ou na ressurreição dos mortos e aceitavam como inspirados apenas os primeiros cinco livros da Bíblia, a Torá. Em nítido contraste, os fariseus obedeciam estritamente à lei, tanto as leis escritas quanto aquelas transmitidas pelas tradições orais.

Para o povo da época de Jesus, se havia alguém que seria salvo, certamente seriam os fariseus. Assim, Jesus escolheu como primeiro personagem alguém que estava no nível mais alto da hierarquia religiosa. Ocupando o nível mais baixo, porém, estava o cobrador de impostos. Ele era odiado e desprezado como colaborador dos romanos, um traidor. Os romanos não cobravam impostos diretamente do povo; preferiram deixar esse trabalho para ser feito por agentes judeus. Esses agentes geralmente eram corruptos; costumavam cobrar tudo o que fossem capazes de arrancar do povo.

Você consegue perceber a natureza radical da parábola agora? Os dois personagens representam as pessoas que aparentemente são as que têm melhor chance de receber a vida eterna e as que têm menos chance.

No fim da parábola, porém, a expectativa dos ouvintes é frustrada. O candidato menos provável volta “justificado” para casa, o que significa que foi considerado justo aos olhos de Deus. E o outro volta para casa exatamente do mesmo jeito que chegou ao Templo, como um pecador necessitando de salvação.

O que fez a diferença? Um, apenas um, reconheceu sua verdadeira condição. Um, apenas um, rogou sinceramente pela misericórdia de Deus. E apenas ele encontrou a salvação. A graça flui plena e livremente a toda pessoa que sente sua necessidade e clama a Deus.


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sexta-feira, agosto 10, 2012

UMA PARÁBOLA INTRIGANTE


Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. Mateus 20:10

A parábola de Jesus sobre os trabalhadores da vinha é estranha em quase todos os seus aspectos. O comportamento do proprietário da vinha é contrário à nossa experiência. Lembra-se da história? O proprietário sai de madrugada e contrata homens para trabalhar em sua vinha naquele dia. Combina com eles o salário de um dia de um trabalhador comum – um denário (o equivalente a 50 dólares no mercado atual). Algumas horas mais tarde, o proprietário encontra outros homens desocupados. “Vocês querem trabalhar?”, pergunta. Os homens respondem que sim, e ele os contrata para trabalhar em sua vinha também. Não há nenhum acordo quanto ao salário; o proprietário simplesmente diz: “Eu lhes pagarei o que for justo” (Mt 20:4), e eles começam a trabalhar. O proprietário repete o mesmo processo com outros homens ao meio-dia e depois às três da tarde.

No fim do dia, o proprietário vê mais homens desocupados. Ele os contrata também, mesmo restando apenas uma hora para o pôr do sol.

Até aqui, nada de surpreendente. Mas a esquisitice da história ocorre no momento em que todos os trabalhadores encerram o trabalho no fim do dia e formam uma fila para receber o pagamento. A primeira coisa estranha: os que foram contratados por último são os primeiros a receber o pagamento. Segundo, algo realmente muito estranho: os homens contratados às cinco horas da tarde recebem um denário, o salário equivalente a um dia inteiro de trabalho! Terceiro, outro choque: os que trabalharam o dia inteiro também recebem um denário! Esse foi o salário combinado, mas, depois de verem aqueles que trabalharam apenas uma hora receberem um denário, eles sentiram que seu pagamento era injusto. “O senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia” (v. 12).

A graça inverte tudo. No momento em que o amor de Jesus conquista nosso coração, não trabalhamos mais para sermos recompensados. Simplesmente confiamos que Ele fará “o que for justo” – e é exatamente isso que Ele fará. Em Seu reino todos nós receberemos o mesmo incrível “denário” – a vida eterna, sem nunca mais sentirmos ciúmes um do outro, sem fazermos comparações ou reclamações.

Que parábola! Um raio de luz sobre a graça.


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(Esta meditação faz parte do devocional “Jesus, a Preciosa Graça”, editado pela Casa Publicadora Brasileira. Se desejar adquirir para você ou para presentear familiares e amigos, acesse http://www.cpb.com.br/produto-1252-meditacoes+diarias+2012+jesus+a+preciosa+graca+brochura.html ou ligue grátis: 0800-070-0606 )


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