A pregação de João Batista gerou intensa agitação. No início de seu ministério, o interesse religioso era muito baixo. A superstição, a tradição e as fábulas haviam confundido a mente do povo, e o caminho da justiça não era compreendido. Zelosas para obter tesouros e honras mundanas, as pessoas haviam se esquecido de Deus. [...]
O ensino de João fez brotar no coração de muitos um grande desejo de participar das bênçãos que Cristo traria, e esses receberam a verdade. Reconheceram a necessidade de reforma. Não deveriam apenas tentar passar pelo portão estreito, mas se esforçar e lutar a fim de receber as bênçãos do evangelho. Nada a não ser o desejo veemente, a vontade determinada e o propósito firme poderia resistir às trevas morais que cobriam a Terra com o manto da morte. A fim de obter as bênçãos que era seu privilégio receber, deveriam trabalhar arduamente, negar o eu.
A obra de João Batista representa a obra para este tempo. Seu trabalho e o trabalho dos que nos últimos dias saem no espírito e poder de Elias para despertar as pessoas de sua apatia são idênticos em muitos aspectos. Cristo virá a segunda vez para julgar o mundo com justiça. Os mensageiros de Deus que levam a mensagem de advertência ao mundo devem preparar o caminho para o segundo advento, assim como João preparou o caminho para o primeiro advento. Se o reino do céu foi atacado violentamente nos dias de João, será atacado agora também. Hoje, as bênçãos do evangelho devem ser obtidas da mesma forma. Se as formas e cerimônias não tinham valor para eles, uma forma de piedade sem o poder também não terá qualquer valia hoje.
Há duas forças atuando. De um lado, Satanás está trabalhando com todas as forças para contra-atacar a influência do poder de Deus. Por outro lado, Deus opera por meio de Seus servos para levar as pessoas ao arrependimento. Quem irá prevalecer? Satanás, sabendo que tem pouco tempo, desceu com grande poder e trabalha com todo o engano da injustiça para os que perecem. Todo artifício que puder empregar está usando para impedir que cheguem à luz. As vitórias obtidas sobre o eu e o pecado são ganhas com o prejuízo do inimigo, e ele não permitirá que desfrutemos as bênçãos de Deus sem fazer determinados esforços para nos impedir (Youth's Instructor, 17 de maio de 1900).
(Esta meditação faz parte do
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