Cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando. 1 Coríntios 16:2
Doar faz parte da religião do evangelho. O plano da salvação fundamentou-se no sacrifício. Jesus deixou as cortes reais do Céu e Se fez pobre para que, por Sua pobreza, nós pudéssemos enriquecer. A vida de Cristo na Terra foi de altruísmo; assinalou-se por humilhação e sacrifício. É o servo maior do que o seu senhor? (Jo 13:16). E deverão os homens, participantes da grande salvação que Jesus veio do Céu trazer-lhes, recusar-se a seguir seu Senhor e partilhar de Sua abnegação e sacrifício? Deverá o Redentor do mundo praticar abnegação e sacrifício em nosso favor, e os membros do corpo de Cristo entregar-se à complacência consigo mesmos? Não; a abnegação é condição essencial do discipulado. [...]
Cristo, como nossa cabeça, serve de guia na grande obra de salvação, mas Ele confiou a obra aos Seus seguidores na Terra. Essa obra não pode ser levada avante sem recursos, e Ele deu a Seu povo um plano para levantamento de fundos suficientes para tornar próspera Sua causa. O sistema do dízimo, instituído para esse propósito, remonta a um tempo além dos dias de Moisés. Já desde os dias de Adão, antes mesmo que um sistema definido fosse dado, era requerido dos seres humanos o oferecimento de dádivas a Deus com intuitos religiosos. [...]
Deus não obriga os homens a doarem à Sua causa. Tudo quanto derem deve ser voluntário. Não quer ter Seu tesouro cheio de ofertas dadas de má vontade. Era Seu desígnio, no plano de doação sistemática, pôr o ser humano em íntima relação com seu Criador e em solidariedade e amor com seus semelhantes, colocando desse modo sobre ele responsabilidades que haviam de neutralizar o egoísmo e fortalecer os impulsos desinteressados e generosos. Somos inclinados a ser egoístas e a fechar o coração a atos generosos. O Senhor, ao requerer que se deem dádivas em tempos determinados, tem por objetivo que o doar se torna um hábito e que seja considerado um dever cristão. O coração, aberto por um ato de beneficência, não deve ter tempo de se tornar egoísta e frio antes de a próxima oferta ser entregue. [...]
Todo homem, mulher ou jovem pode se tornar tesoureiro do Senhor. [...] Ele propositadamente providenciou, para nosso próprio bem, que tomássemos parte no progresso de Sua causa. Honrou-nos tornando-nos coobreiros Seus. Determinou que houvesse necessidade da cooperação dos seres humanos para que sua liberalidade fosse cultivada e mantida em exercício (Signs of the Times, 18 de março de 1886).
(Esta meditação faz parte do
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