Há perigo em dedicar tempo, energia mental e força na busca de ganhos mundanos, mesmo se o sucesso for resultado de esforço perseverante, pois, ao fazer isso, corremos o risco de colocar Deus e Sua justiça em segundo lugar. É muito melhor viver na pobreza, sofrer decepções e ter nossas esperanças terrenas despedaçadas do que arriscar nossos interesses eternos. Estímulos lisonjeiros podem nos ser apresentados, e podemos buscar obter riqueza e honra e, assim, colocar o coração e o espírito em empreendimentos mundanos. [...]
O dinheiro se tornou a medida da humanidade no mundo, e os homens são estimados, não por sua integridade, mas pela quantidade de riquezas que possuem. Assim também era nos dias anteriores ao dilúvio. [...]
Que não sejamos determinados a enriquecer. Se percebemos que a pobreza será nosso destino ao permanecermos na verdade simples, permaneçamos na verdade e vivamos. Jesus disse que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus” (Lc 4:4). Os devotos do mundo podem rir dessa declaração, apesar disso, ela é um conselho de sabedoria eterna. [...] O cristão que é chamado para o mundo por causa de seus empreendimentos, se seguir a Cristo, levará sua cruz e enfrentará as preocupações no Espírito de Cristo. Não fará do mundo seu deus, colocando cérebro, ossos e músculos a serviço de mamom. Saberá que o Céu o está observando, e renderá glória a Deus em todo sucesso que obtiver. Entenderá que Deus sabe, ao contrário de nós, que alguns anos mais se passarão e os tesouros da Terra deixarão de existir. [...]
A visão do mundo porvir traz equilíbrio à mente, para que as coisas que podem ser vistas não assumam o controle das nossas afeições, que foram compradas por preço infinito pelo Redentor do mundo. Por meio da atuação do Espírito Santo, as coisas invisíveis e eternas são colocadas diante do ser humano, e as vantagens do tesouro eterno e imperecível são em sua beleza atraente apresentadas aos olhos da mente. Dessa maneira, aprendemos a contemplar o invisível e eterno, e a estimar de mais valor as repreensões de Cristo do que os tesouros deste mundo (Signs of the Times, 26 de junho de 1893).
(Esta meditação faz parte do
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