O povo do Egito estava ao ponto do desespero. Os açoites que já haviam caído sobre eles pareciam quase além do que se podia suportar, e estavam cheios de temor pelo futuro. A nação tinha adorado a Faraó como o representante de seu deus e responsável por cumprir seus propósitos. Entretanto, mesmo assim, muitos estavam convencidos de que ele estava se opondo à vontade de um Poder Superior que mantinha todas as nações sob Seu controle. Subitamente repousou sobre a terra uma escuridão tão densa e sombria que parecia trevas que poderiam ser apalpadas. Não somente estava o povo despojado de luz, mas a atmosfera era muito opressiva, de maneira que a respiração era difícil. [...] Entretanto todos os filhos de Israel tinham luz, e uma atmosfera pura, em suas habitações (v. 23). [...]
Os escravos hebreus eram continuamente favorecidos por Deus e ficavam cada vez mais confiantes de que seriam libertos. Os capatazes não ousavam mais agir com toda sua crueldade, como haviam feito até então, temendo que o povo hebreu, tão numeroso, viesse a se rebelar e se vingar por causa dos maus tratos que já haviam sofrido.
A terrível escuridão durou três dias. Durante esse tempo, as atividades corriqueiras da vida não puderam ser realizadas. Esse era o plano de Deus. Ele dava ao povo tempo para refletir e se arrepender, antes de trazer sobre eles a última e mais terrível das pragas: a morte dos primogênitos. Ele desejava remover tudo o que pudesse desviar a atenção deles e dar-lhes tempo para meditar, concedendo-lhes, portanto, mais uma evidência de sua compaixão e relutância em promover uma destruição.
No fim dos três dias de escuridão, Faraó mandou chamar Moisés e disse: “Ide, servi ao Senhor. Fiquem somente os vossos rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças irão também convosco” (v. 24). A resposta foi: “Também tu nos tens de dar em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus. E também os nossos rebanhos irão conosco, nem uma unha ficará; porque deles havemos de tomar, para servir ao Senhor, nosso Deus, e não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá” (v. 25, 26).
O rei estava inflexível e determinado. “Retira-te de mim”, bradou ele, “guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás” (v. 28). A resposta foi: “Bem disseste; eu nunca mais verei o teu rosto” (v. 29) (Signs of the Times, 18 de março de 1880).
(Esta meditação faz parte do
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